A partir do dia 24 de Abril e até à segunda quinzena de Maio, o Parlamento Europeu irá decidir se aceita ou rejeita mais um acordo económico entre Israel e a União Europeia.
Convidamo-vos a escrever ao dois membros portugueses do comité de voto, de forma a convencê-los a recusar este acordo:
mario.david@europarl.europa.euanamaria.gomes@europarl.europa.eu
Segue abaixo o texto das cartas que o Comité de Solidariedade com a Palestina enviou a todos os deputados portugueses do Parlamento Europeu e que vos podem servir de modelo.
Contra o Agreement
on Conformity Assessment and Acceptance of Industrial Products (ACAA)
entre a União Europeia e Israel:
O ACAA estabelece uma cooperação económica entre a União Europeia e Israel. A adopção do ACAA contribuiria para a eliminação de barreiras técnicas ao comércio e aumentaria desse modo a acessibilidade dos mercados europeus a Israel e vice-versa, beneficiando as empresas israelitas, muitas delas conhecidas por exercerem actividades lucrativas nos colonatos,considerados pela União Europeia e pela ONU como uma violação da lei internacional.
A comissão do Parlamento Europeu encarregada de discutir este acordo decidiu congelar a discussão em 2010, na sequência do ataque israelita à Flotilha da Liberdade. Acontece que as razões para este congelamento permanecem enquanto Israel não suspender a expansão dos colonatos e as incursões na faixa de Gaza que diariamente atingem numerosos civis - homens, mulheres e crianças.
A Joint Communication to the European Parliament and the Council on Human Rights and Democracy at the Heart of EU External Action,recentemente apresentada por Catherine Ashton, estipula que a agenda do comércio e dos direitos humanos da UE tem de ser coerente, transparente,previsível, realizável e efectiva. Ora, as posições da UE sobre o Médio Oriente têm sido claras tanto em relação a Gaza e aos apelos reiterados para que o bloqueio seja levantado, como em relação à Cisjordânia e à ilegalidade dos colonatos, que a UE considera como um obstáculo à paz.
Por outro lado, nos últimos meses, três relatórios internos da EU tornados públicos descrevem toda a espécie de violações dos direitos humanos cometidas por Israel na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
Neste contexto, a política coerente em relação a Israel só pode ser a rejeição do ACAA ou de qualquer outro acordo que beneficie Israel ou as suas indústrias. O Parlamento Europeu tem o poder de bloquear este acordo.
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