CMA-J

Colectivo Mumia Abu-Jamal

Iraque, ano 7


"Médio Oriente: ocupação e resistência" é o tema de um colóquio a realizar em Lisboa por ocasião dos 6 anos da invasão do Iraque, levada a cabo pelas forças militares dos EUA e do Reino Unido em 20 de Março de 2003.

Os 6 anos de luta da resistência iraquiana serão abordados no quadro da situação no Médio Oriente, com atenção especial à Palestina, foco de mais de 60 anos de luta por direitos nacionais.

A iniciativa, promovida pelo Tribunal-Iraque, a CGTP - Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses e o CPPC - Conselho Português para a Paz e Cooperação, conta com o apoio do Movimento Democrático de Mulheres, da Associação Abril, do Movimento para a Paz na Palestina (MPPM), do Comité de Solidariedade com a Palestina, da
Associação José Afonso, do Colectivo Múmia Abu-Jamal, do SPGL - Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, da FENPROF.

Data e local
28 de Março, sábado, em duas sessões, das 14:30 às 17 horas e das 17:30 às 20:30 horas.

Auditório do SPGL, Rua Fialho de Almeida, 3, Lisboa (metro S. Sebastião).


Temas a abordar

1. Violações do direito internacional. Criminosos e cúmplices.

Guantânamo, as prisões iraquianas, Diego Garcia
- Eduardo Maia Costa, magistrado

Os voos da CIA e a colaboração de Portugal e da UE
- André Levy, investigador

A uso de novas armas e de armas proibidas no Iraque, no Líbano e em Gaza
- Mário Tomé, coronel

Colaboração portuguesa nas agressões imperialistas
- Manuel Raposo, membro do Tribunal-Iraque

2. Terror de Estado. O terror sobre as populações como estratégia programada.

Palestina, um processo de limpeza étnica
- António Louçã, historiador, membro do Comité de Solidariedade com a Palestina

O embargo ao Iraque e o bloqueio a Gaza, preparativos das acções militares
- Sandra Benfica, membro do Conselho Português para a Paz e a Cooperação

A situação das classes trabalhadoras no Iraque e na Palestina
- Carlos Carvalho, dirigente da CGTP

A situação das mulheres nos teatros de guerra
- Regina Marques, membro do Movimento Democrático de Mulheres

No final de cada sequência de intervenções haverá debate sobre o respectivo tema.

Manifestação pelos Direitos dos Imigrantes
15 de Março, 15h, Martim Moniz, Lisboa

Num momento em que se intensifica a ofensiva contra os imigrantes, é necessário mostrarmos amplamente que não concordamos com essas medidas e que estamos solidários com os imigrantes.

Milhões de seres humanos fogem todos os anos à miséria nos seus países. Correndo gigantescos riscos, e muitas vezes sacrificando a própria vida, milhões de pessoas tentam a sua única esperança de sobrevivência: trabalhar num país ocidental. Mas estes países, e em particular a União Europeia, têm vindo a construir todo o tipo de fortalezas à sua volta, precisamente para dificultarem a entrada dos que fogem à miséria criada pelo grande capital destes países.

Mas essas barreiras, que tanto sofrimento e morte causam, não impedem a entrada desses seres humanos que apenas fogem a um destino muito pior. Na realidade, esses imigrantes são muito procurados pelos países ocidentais pois eles são responsáveis por uma grande redução dos custos de produção e um grande aumento dos lucros do grande capital, devido à situação de exclusão que lhes é imposta e que os obriga a aceitar miseráveis condições de trabalho e de vida.

Os imigrantes vêem-lhes negados os mais elementares direitos. Negam-lhes os vistos e consideram-nos "ilegais". São por isso forçados a aceitar empregos extremamente precários, mal pagos e muitas vezes perigosos. É-lhe negada qualquer protecção social, pois consideram-nos clandestinos! Mesmo quando legalizados, são-lhes recusados muitos direitos, incluindo impedirem-nos de viver com as suas próprias famílias. Para aumentar a sua exclusão e criar condições para que sejam ainda mais explorados, são fabricadas e incentivadas grandes campanhas xenófobas.

Devemos mostrar que não aceitamos a exclusão de nenhum ser humano! Apelamos a todos que participem na manifestação do próximo dia 15 de Março, às 15h, no Martim Moniz, em Lisboa.
(O CMA-j é uma das organizações promotoras da manifestação.)

Igreja dá ordem de despejo ao Palco Oriental

A Associação Cultural Palco Oriental acaba de receber ordem de despejo. Não podemos permitir que isso aconteça. Tem estado a ser feita uma petição online (http://www.petitiononline.com/palcoori/petition.html)
e terão lugar novas iniciativas. Vamos defender essa casa onde se faz arte e cultura há 30 anos!

Um acórdão do Supremo Tribunal de Justiça decidiu atribuir o edifício onde está sedeado o Palco Oriental à Igreja de S. Bartolomeu do Beato. Desde Abril de 2001 que decorria nos tribunais um processo contra o Palco Oriental. O Tribunal de 1ª instância deu razão ao Palco Oriental, mas a Relação e depois o Supremo decidiram de outra forma. Assim, a Igreja recebe de bandeja um edifício onde nunca esteve nem nunca aplicou um cêntimo.

Dezenas de pessoas serão assim privadas de dar continuidade aos seus projectos artísticos e à livre expressão das suas vontades e ideais. Dezenas de pessoas que militantemente se dedicaram e investiram humana e materialmente durante tantos anos neste espaço para dotar culturalmente as populações da Zona Oriental de Lisboa, são assim despejadas.

O Palco Oriental tem sido um espaço de acolhimento de centenas de artistas, das mais variadas formas de expressão: teatro, música, dança, artes plásticas, audiovisual, e da simples partilha de experiências de vida.

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