CMA-J

Colectivo Mumia Abu-Jamal

Pela Paz, fim à NATO!

 
 
 
Comunicado subscrito pelo CMA-J entre outras organizações e colectivos acerca de 64 anos de morte gerados pela NATO

No dia 4 de Abril cumprem-se 64 anos que foi criada a NATO – Organização do Tratado do Atlântico Norte.

Reunindo inicialmente 12 países – EUA, Canadá, Reino Unido, França, Itália, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Dinamarca, Islândia e Portugal – a organização afirmou-se desde logo como um bloco político-militar agressivo ao serviço dos interesses do então denominado «Mundo Ocidental» e um instrumento de repressão da luta dos movimentos de libertação nacional e dos povos que pretendem construir um mundo de paz, independência e progresso.

Com seu alargamento posterior à Alemanha, Grécia, Turquia, Espanha e, mais tarde, a países do Leste europeu e dos Balcãs, a NATO pretende estender a sua influência ao chamado «Grande Médio Oriente» e, também, cercar a Rússia com a instalação de uma vasta rede de bases militares dotadas de armamento altamente sofisticado, incluindo o chamado «sistema de escudo antimíssil».

As revisões do seu conceito estratégico, levadas a cabo em 1999 e em 2010, assim como as conclusões das suas diversas cimeiras, pretendem ajustar a NATO às funções que crescentemente reclama para si mesma, nomeadamente a intervenção militar em qualquer parte do mundo sob qualquer pretexto, completamente à revelia do direito internacional e da Carta das Nações Unidas, visando o domínio político e económico sem limites das grandes potências que a integram. Tais desígnios ficaram bem claros aquando das intervenções na ex-Jugoslávia, no Afeganistão ou no Iraque.

A revisão do conceito estratégico aprovada em Lisboa, em 2010, e reafirmada dois anos depois, em Chicago, tornou claro o objectivo da NATO de exercer, à escala mundial, o papel de «polícia» de grandes potências politico-económicas, que teve repercussões imediatas na invasão, ocupação e destruição da Líbia e nas agressões, mais ou menos assumidas, em todo o Médio Oriente.

Responsável, no seu conjunto, por 70 por cento do total das despesas militares no mundo e por milhões de mortos, feridos e refugiados, a NATO é desde a sua criação e até aos dias de hoje, o principal obstáculo e a mais séria ameaça à Paz.

Defendendo a paz, a solidariedade e a soberania dos povos, as organizações signatárias denunciam a escalada de ameaças e agressões lideradas pela NATO, com destaque para as actuais provocações à Síria e ao Irão. E considerando que a sua dissolução é hoje uma condição indispensável para a PAZ no Mundo, exigem o desmantelamento dessa máquina de guerra que ameaça a humanidade.

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