"A PSP fechou, esta quinta-feira de manhã, o acesso ao bairro
de Santa Filomena, na Amadora, para os trabalhadores da câmara avançarem com a
demolição de habitações, inserida no processo de desmantelamento do bairro
ilegal.
Até às 11.00 horas, uma retroescavadora demoliu duas habitações, tendo
dezenas de veículos pesados transportado os restos de obras e os bens dessas
residências para um depósito municipal.
Cerca de duas dezenas de polícias impediam o acesso de moradores ao local das
demolições. Alguns dos moradores do bairro encontravam-se naquele espaço, mas
não foram registados quaisquer desacatos.
A Câmara da Amadora anunciou que as demolições de barracas neste local vão
continuar até ao desmantelamento total do bairro, no âmbito do Programa Especial
de Realojamento (PER), e que as famílias não inscritas no PER vão ter de
encontrar "soluções alternativas" por si próprias.
Famílias sem teto e sem alternativas
De acordo com Rita Silva, do Coletivo pelo Direito à Habitação e à Cidade, a
Câmara da Amadora está a proceder à demolição de habitações que estão habitadas
sem dar qualquer alternativa aos moradores. "Estes moradores não têm
possibilidades financeiras para encontrar uma solução de habitação no mercado de
arrendamento", disse.
José Alcides Lopes, proprietário de uma das habitações demolidas, está
desempregado há um ano e meio e morava ali com os quatro filhos. Este morador
não estava inscrito no PER e viu as viaturas contratadas pela câmara levarem-lhe
todos os bens da casa para um depósito municipal, uma vez que não consegue
encontrar local para ficar hoje.
"A polícia não me deixou entrar em casa. Agora tenho que me desenrascar pois
não tenho possibilidade para alugar uma casa e vou tentar ficar em casa de algum
amigo", disse.
Fonte policial que se encontrava no bairro disse à agência Lusa que está
prevista a demolição de 18 casas, sendo que oito delas estão habitadas. Alguns
dos moradores disseram à Lusa temer que a demolição das suas casas seja feita
hoje.
Queixa na ONU
O Coletivo pelo Direito à Habitação e à Cidade entregou na semana passada uma
queixa às Nações Unidas contra os "abusos aos direitos humanos" por parte da
Câmara da Amadora no desmantelamento do bairro de Santa Filomena.
De acordo com o documento, a que a agência Lusa teve acesso, e
stão em risco
de ficar sem habitação 280 pessoas (83 famílias) das quais 104 são crianças.
Segundo o coletivo, a média dos rendimentos mensais destas famílias ronda entre
os 250 e os 300 euros.
Segundo a Câmara da Amadora, neste momento está em curso uma nova intervenção
neste bairro, que envolve 46 agregados familiares. Destes, 28 estão inscritos no
PER e estão a ser realojados em imóveis adquiridos pelo município no mercado
imobiliário.
De acordo com o município, dos restantes 18 que não estão inscritos no PER,
10 encontraram resposta no parque habitacional privado de arrendamento "aos
mesmos valores que suportavam no bairro", enquanto que as restantes 8
não "manifestaram qualquer disponibilidade para procurarem outras
alternativas habitacionais".
por Mumia Abu-Jamal
Em Chicago, há muito conhecida como a "Windy City", as pessoas estão testemunhando um vento muito forte que acompanham a presença da NATO na cidade.
Sem dúvida, os delegados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) irão balbuciar sobre o mundo de paz e segurança internacional, mas para ser honesto, isso é apenas vento.
Eles falam sobre paz, mas eles são uma arma de guerra ao serviço das nações imperialistas, uma arma contra o mundo árabe, África e Ásia - uma ferramenta ao serviço dos banqueiros do mundo.
A
NATO é uma relíquia da Guerra Fria e seu objetivo original era conter e restringir a antiga União Soviética. Mas agora, quando a União Soviética é somente uma memória, é um instrumento do Ocidente para interferir nas nações antigamente chamado Terceiro Mundo - como a Líbia.
Por causa de sua aversão ao que resta do socialismo árabe na Líbia, mais de 100.000 o número ataques aéreos lançados pela NATO contra o governo líbio nas dezenas de milhares de missões de combate. Milhares de líbios foram bombardeados e mortos numa acção para derrubar o governo de Muammar Gaddafi - visto durante décadas como um espinho no lado do Ocidente.
A NATO é uma ferramenta dos banqueiros, companhias petrolíferas e empresas financeiras sempre quis aproveitar os grandes recursos naturais da Líbia, como o petróleo e gaz. A r
etórica humanitária não é mais do que simplesmente a ganância colonialista, mesmo velho que levou a séculos de exploração e 'titerismo "tem sido sempre no fundo da sua intervenção militar no Oriente.
Por outro lado, os governos poucos têm sido mais repressor do que a da Arábia, onde, até à data! é um crime para uma mulher dirigir um carro, onde um número de sauditas estão sujeitos a tortura e brutalidade do governo no capricho dos governantes (e essa informação vem de relatos do mesmo Departamento de Estado). Mas o Estado Saudita é um aliado das empresas de petróleo e, portanto, intocável.
À direção dos Povos, eu digo: Digam "NÃO" à NATO!
Vamos além desta relíquia do passado distante e parar de apoiá-,como um proxima para as guerras de finanças corporativas!
Em 1966, a França retirou do comando militar da OTAN para reafirmar sua soberania e independência dos Estados Unidos. Então, sob o direitista presidente Nicolas Sarkozy, o país entrou de volta às aventuras da OTAN em África. Mas há alguns dias, as pessoas impuseram a 'Sarkozy' a eleição de um governo de esquerda.
É tempo de nós, o povo, vamos romper com a OTAN. . É uma coisa do passado. A Guerra Fria acabou.
Você não precisa de um instrumento perigoso ser muito grande tentação para qualquer político procurando usar a OTAN para seus crimes, em um esforço para ganhar votos. Sarkozy, um político astuto, tentou usar ataques aéreos da NATO contra a Líbia para reforçar suas credenciais nacionalistas em casa. A mesma tática trabalhou para George W. Bush duas vezes! Não funcionou para o ex-presidente Nicolas Sarkozy.
É hora de devolver o instrumento para a caixa de ferramenta e bloquear a caixa de sempre. Então digam "NÃO" à NATO!
Da mesma forma que a ONU foi usada pelo Conselho de Segurança apelou à organização para lançar uma guerra ilegal e injusta contra o Iraque por mais de uma década e causa estragos sangrenta e terrível no Afeganistão, a OTAN tem sido um instrumento de capital global.
Quantas dezenas de milhares de homens, mulheres e crianças morreram no Iraque, Afeganistão, Líbia, Somália a partir do acesso de raiva gerada pelo ataque às torres gêmeas em 11 de setembro que? Mais de um milhão?
Um milhão de pessoas morreram por causa de uma mentira (armas de destruição em massa, terrorismo, etc.) Porque os Estados Unidos queriam aparecer "forte".
A triste verdade é que a ONU falhou a comunidade internacional. A ONU falhou os povos do mundo.
Como a ONU, a OTAN foi criada ideal para manter a paz e não para a guerra. Mas o que estamos testemunhando não é uma lei internacional, mas crime internacional. Estamos vendo as guerras que destroem nações inteiras em busca de fantasmas sob pretextos, as teorias, poder e mentiras.
É preciso levar este aspecto das relações internacionais para o caixote do lixo da história para sempre! Deixe-me ser claro na Cúpula dos Povos 2012, que a NATO não nos representa, não representa a grande maioria dos habitantes do planeta Terra. É um obstáculo à paz e um instrumento de guerra.Esquerda no passado.
Nós somos 99 por cento!
Então digam "NÃO" à NATO!
Da nação encarcerada, sou Mumia Abu-Jamal
Texto escrito 08 de maio de 2012
O áudio gravado por Noelle Hanrahan: www.prisonradio.org
"Amanhã terça-feira, pelas
15h, no ACIDI
Moradores/as
do Bairro de Santa Filomena reúnem com a Alta
Comissária para a Imigração e Diálogo
Intercultural
23 de Julho de
2012
Amanhã, pelas 15h,
os/as moradores/as do Bairro de Santa Filomena reúnem com a Alta
Comissária para a Imigração e Diálogo Intercultural com vista a expor sua situação, resultante da ameaça de
despejo em massa pela Câmara Municipal da Amadora, sem que alternativas viáveis
sejam apresentadas.
O bairro de Santa Filomena foi construído por centenas
de pessoas, maioritariamente famílias de trabalhadores/as
imigrantes
que ao longo de muitos anos trabalharam sobretudo na construção civil e nas
limpezas, com salários extremamente baixos e sem estabilidade. Actualmente estão
em situação ainda mais vulnerável, porque o trabalho escasseia e o desemprego
sobe rapidamente. Estamos a falar de um universo de cerca de 285 pessoas, em
84 famílias, das quais 105 são crianças até aos 18 anos (73 têm 12 ou menos
anos) várias nascidas em Portugal e escolarizadas. Das cerca de 285 pessoas,
80 pessoas estão desempregadas, 88 estão a estudar/são escolarizadas, 14 pessoas
sofrem de invalidez permanente, deficiência ou doença crónica. Metade destas
famílias vivem há mais de 10 anos no Bairro, e algumas delas vivem no bairro há
mais de duas ou três décadas.
O ACIDI tem como missão colaborar na concepção,
execução e avaliação das políticas públicas, transversais e sectorais,
relevantes para a integração doas/as imigrantes e minorias étnicas. Devido à
importância que a habitação representa, como
factor de inclusão e integração sociais, o ACIDI criou no Centro Nacional de
Apoio ao Imigrante (CNAI) de Lisboa um Gabinete de Apoio à Habitação.
Saliente-se que um estudo do Observatório da Imigração sobre habitação,
publicado em Dezembro de 2011 aponta, como medida de curto prazo (p. 204), a
necessidade e "terminar os processos de realojamento, quer os
que ainda respeitam a situações PER, quer os que respeitem a outros casos,
ampliando o actual espetro de respostas existentes, a fim de possibilitar a
integração de imigrantes chegados após 1993."
A Câmara da Amadora continua a ignorar um dos direitos mais elementares dos cidadãos, trata-se do direito à habitação, direito elementar consagrado na constituição da república, mas que o presidente da Câmara Joaquim Raposo em conjunto com o governo quer revogar em termos práticos expulsando as famílias das casas onde habitam presentemente sem alternativa que se vislumbre.
Esta situação de injustiça gritante tem originado um grande número de iniciativas sem que haja resultados para os moradores de santa Filomena.
Divulgamos aqui uma nota do colectivo habita :
"Habita - Colectivo pelo Direito à Habitação e à Cidade é um colectivo que
luta pela concretização destes direitos fundamentais, essenciais à vida humana,
inscritos na legislação nacional e internacional. Este colectivo pertence a
várias redes internacionais (Aliança Internacional dos Habitantes, No Vox) e
congrega activistas com experiência de trabalho de vários anos nesta área e que,
ao longo do tempo, desenvolveram um diálogo com organizações, assim como com
entidades governamentais em várias instâncias, batendo-se pela dignidade humana
e pelos direitos fundamentais.
É com grande preocupação que encaramos, em pleno século XXI, a situação do
Bairro de Santa Filomena, na Amadora. É um bairro degradado construído por
centenas de pessoas, maioritariamente famílias de trabalhadores/as imigrantes
que ao longo de muitos anos trabalharam sobretudo na construção civil e nas
limpezas, com salários extremamente baixos e sem estabilidade e que agora,
estando em situação ainda mais vulnerável, porque o trabalho escasseia e o
desemprego sobe rapidamente, se vêm também ameaçados de despejo em massa, por
parte da Câmara Municipal da Amadora, sem que alternativas viáveis sejam
apresentadas.
Consideramos que a Câmara Municipal da Amadora, não tendo capacidade de
resolver sozinha o problema, não pode ameaçar a vida das pessoas e a sua
segurança pessoal expulsando e destruindo o único tecto que estas têm. A Câmara
Municipal da Amadora, com a cumplicidade do Governo Português (através da
Segurança Social e das forças da polícia) está a desrespeitar de forma
grosseira legislação nacional e internacional ratificada por Portugal e à qual
está obrigado. Com efeito, não só os despejos programados violarão directamente
o direito à habitação, como também o direito a não ver-se submetido a trato
desumano e/ou degradante, o direito à vida privada, bem como vários direitos da
criança, direitos das mulheres e direitos das pessoas com deficiência..."
Entretato este colectivo avançou já com uma queixa a várias entidades internacionais. Assim como está a decorrer uma campanha de solidariedade e o apelo para que todas as pessoas e organizações participem
numa campanha de solidariedade as famílias que vivem no Bairro de Santa
Filomena:
"Apelamos também ao envio de carta ao Presidente da Câmara Municipal da Amadora, Joaquim Raposo, e aos restantes partidos com representação na assembleia municipal, exigindo a suspensão do processo até que se encontrem alternativas adequadas. ..contactos: Presidente da Câmara Municipal da Amadora Joaquim Raposo:
gab.presidencia@cm-amadora.pt,
geral@cm-amadora.pt Aos restantes partidos políticos com assento na Assembleia Municipal:
geral.am@cm-amadora.pt
"
"A Campanha Sede de Justiça pede apoiantes em todo o mundo para subscrever ao seu desafio de Verão, que consiste em viver com 24 litros de água durante 24 horas, uma realidade de muitos palestinianos na Cisjordânia hoje em dia, particularmente durante o Verão, quando a Mekorot, a empresa nacional de água israelita, reduz o abastecimento de água. Esta quantidade de água deve ser suficiente para beber, cozinhar, lavar roupa e higiene.
Siga três passos simples:
Subscreva-nos em [info@thirstingforjustice.org] enviaremos um conjunto de recursos que o ajudarão a informar aqueles que o rodeiam acerca deste desafio;
-
Conte-nos as suas experiências com este desafio. Seja criativo! Escreva-nos um breve artigo, tire uma fotografia ou envie-nos um video-blog;
-
Desenvolva acções que apoiem os direitos palestinianos. Escreva ao seu primeiro-Ministro sobre as violações dos direitos palestinianos no que respeita aos assuntos da água e saneamento e partilhe um destes vídeos sobre a campanha Sede de Justiça no seu facebook ou twitter, distribua o cartão do Desafio do Verão, e os nossos folhetos à sua família e amigos.
As inscrições decorrerão entre 1 de Julho de 2012 e 15 de Setembro de 2012, pode inscrever-se em qualquer momento dentro deste período.
Razões que me levam a fazer parte deste desafio
Há água suficiente para todos no Território Palestiniano Ocupado, mas as leis discriminatórias existentes fazem com que muitos palestinianos fiquem apenas com uma gota.
Como Potência de Ocupação, o governo israelita é responsável, no âmbito do direito internacional humanitário, pelo bem-estar dos palestinianos, incluindo pela garantia de que eles tenham abastecimento de água adequado. Mesmo que controle todas as fontes de água doce na Cisjordânia, o governo Israelita tem negligenciado esta obrigação;
Algumas comunidades palestinianas vivem com pouco mais de 20 litros de água por pessoa, por dia. Isto é suficiente apenas para suas necessidades básicas;
Muitas vezes, as torneiras secam durante várias semanas, principalmente durante o Verão, em cidades palestinianas tais como Bethlehem (Belém). Os residentes são obrigados a comprar água mais cara a fornecedores privados;
As comunidades que dependem de caminhões-tanque para distribuição de água pagam até 4 vezes mais por cada litro do que aqueles que são fornecidos pela rede, o que aumenta a pressão dos gastos familiares;
Algumas comunidades dependem de cisternas de coleta de água da chuva, muitas das vezes pagas através de ajuda internacional. Em 2011, o exército israelita destruiu em média quase três cisternas por mês, e desde então a taxa destas demolições tem vindo a aumentar.
Por outro lado:
· Quase meio milhão de Israelitas vivem em colonatos ilegais localizados mesmo ao lado de comunidades palestinianas sem água. Têm acesso irrestrito à água, a jardins e relvados bem regados e a piscinas;
· Os colonos Israelitas que vivem em certos colonatos, tais como o colonato de RoI no Vale Jordão da Cisjordânia, usam 20 vezes mais água do que os palestinianos que estão mais privados de água. "
Está a decorrer na capital do Nepal, Katmandu, a Assembleia Mundial da Paz, que reúne organizações e movimentos de paz de diversos países e continentes.
Altamira, Brasil - Um grupo de 12 homens da tribo Xikrin cantam na sua língua nativa, enquanto marcham juntos, de braços entrelaçados, pisando a porcaria de tinto seco. Eles dizem que esta é a sua chamada de resistência da Amazônia.
Os Xikrin são constituídos por cerca de 150 indígenas de três tribos : Arara, Juruna, Parakanã , que estão ocupando um dos locais de trabalho no perimetro de obras da barragem Belo Monte no que se está tornando um impasse de alto risco. A ocupação, que está a decorrer pela segunda semana consecutiva originou a suspenção de uma parte da construção sobre o que será a terceira maior barragem hidroelétrica do mundo.
...
As tribos estão ocupando uma estrada, construída pelos construtores da barragem, que corta parte dos cursos de água do rio Xingu. A estrada bloqueia o fluxo natural das águas.
A ocupação do local começou por volta das 11 horas do dia 21 de junho ... Os indígenas chegaram ao local de trabalho em meia dúzia de pequenos barcos e anunciaram a ocupação do local.
Os trabalhadores da construção, vendo os homens da tribo, com os rostos pintados para o combate e armados com lanças, imediatamente fugiu para a segurança. "Os trabalhadores estavam com medo, de modo que imediatamente correu quando chegamos", disse Bepumuiti, da tribo Juruna. "Eles provavelmente pensavam que iam morrer."
Os homens da tribo confiscaram as chaves de três dezenas de camiões e máquinas pesadas que se encontavam no local .
Que pretendem os povos indígenas ?
No ano passado, uma série de condições foram acordadas com os povos indígenas para reduzir o impacto da construção da barragem nas suas comunidades. Algumas das condições incluíam a demarcação de terras indígenas, a construção de instalações de saúde e escolas, e meios de transporte para os povos tribais quando os rios secam.
Em troca deste acordo, os indígenas disseram que não iriam opor-se à construção da barragem.O problema segundo os indígenas , é que enquanto a construção da barragem ia para a frente, as promessas feitas pelo consórcio construção da barragem e pelo governo liderado Norte Energia - a empresa de energia supervisionar a barragem - ainda estavam por ser cumpridas.
Assim, as tribos decidiram invadir. Este foi um movimento histórico e significativo, pois a decisão foi tomada sem a ajuda ou o conhecimento de ONGs locais ou internacionais ou organismos de direitos do governo, que nas tribos do passado muitas vezes assistidos durante os movimentos de protesto.
"Nós não estaríamos aqui hoje, se os construtores eo governo teria feito o que nos prometeu", Bebtok, o mais velho da tribo Xikrin, disse à Al Jazeera. "Na minha comunidade, nada foi feito. Não há posto de saúde de qualidade, não há escola, não foi construída nenhuma estrada para nós. Minha estrada é o rio e que vai ser secou."
Desde outubro, as tribos mais atingidas pela construção da barragem têm recebido um orçamento de cerca de 15 mil dólares do governo, através do qual eles podem pedir o que quiserem, como a gasolina para os barcos, alimentos ou material de construção.
Porém, as tribos foram informados de que o dinheiro - "ajuda de emergência" chamado no jargão do governo - vai parar no final deste ano, enfurecendo os povos tribais no momento em que eles estão começando a sentir os impactos negativos da barragem, dizem eles.
Os povos indígenas estão agora começando a ver o impacto que a construção está a ter nas suas vidas. Surara, da tribo Parakanã, mostrou Al Jazeera como uma estrada construída no canteiro de obras através de um curso de água natural do rio Xingu já começou a secar um lado do rio.
"Ficamos sempre a navegar este rio, porque nós sabemos que este rio como a palma de nossas mãos", disse Surara. "E hoje, como você podem ver, é muito seco. Isso é triste para nós."Surara previu que, no atual ritmo de construção, em dois anos, a tribo já não será capaz de alcançar sua comunidade de barco por causa das alterações nos níveis de água. As tribos têm uma nova lista de exigências que eles querem ver cumpridas antes que eles dizem que vão acabar com sua ocupação.
Nos bastidores, a empresa está enfrentando uma tarefa difícil. Não só cada uma das quatro tribos envolvidas na ocupação tem seu próprio conjunto de demandas, mas também existem tantos como 35 diferentes sub-comunidades dentro das tribos que participam da ocupação, e cada um tem seus próprios interesses e pedidos que eles querem atendidas.
A pressão está feitas em várias frentes. A construção da barragem tem prazos rígidos para obter o funcionamento até final de 2014.
Além do protesto indígena, vários outros problemas de tensão em torno da barragem decorrem ao mesmo tempo.
Em Altamira, a cidade mais próxima do local da barragem, 11 pessoas - todos sem filiação estão com o protesto indígena - estão lutando apesar dos mandados de prisão sob a acusação de ajudarem a organizar um protesto anti-barragem no início de junho que os construtores de barragens dizem que levou à propriedade danos. Canais de TV locais foram ao ar vídeo de janelas quebradas e da queima de equipamento de escritório no canteiro de obras.
Os ativistas que enfrentam prisão possível negam todos eles estavam envolvidos, e dizer que eles organizaram os protestos foram pacíficos e legais. Eles incluem, entre outros, um padre católico, uma freira, alguns membros do Xingu Vivo para Sempre - uma ONG anti-barragem local - assim como um pescador local de destaque em um relatório da Al Jazeera em janeiro
A polícia tem uma investigação aberta, e ainda têm de anunciar formalmente se as acusações serão arquivadas. No entanto, mesmo a ameaça de prisão enviou um arrepio pela comunidade unida de locais anti-barragens ativistas.
Como isso vai acabar?
"Contanto que eles não fazem nada em nossas comunidades a respeito da infra-estrutura, não vamos sair da ocupação."
- Giliardi, Juruna tribo
Na quinta-feira, na cidade de Altamira, mais de 60 dos ocupantes indígenas se reuniram com uma delegação de alto nível de Brasília, que incluía o presidente da Norte Energia. O encontro durou quase quatro horas, e foi fechado para a imprensa. Os povos indígenas discutiram suas razões para acabar com o protesto, mas nenhum acordo foi alcançado. Norte Energia disse que eles precisavam tomar as solicitações de volta a Brasília para análise. Uma nova reunião foi marcada para 9 de julho. Enquanto isso, as tribos dizem que sua ocupação vai continuar. Também foi acordado por todos os lados que prosseguirão os trabalhos sobre as partes do perimetro de obras não sob o controle das tribos.
O indígena parecia determinado a manter a luta pelo tempo que for preciso. "O que nós pedimos, os construtores de barragens não nos deu uma resposta, por isso vamos apenas deixar o canteiro de obras quando eles trazem uma resposta para nós no papel", Giliardi, da tribo Juruna, disse após a reunião. "E enquanto eles não fazem nada em nossas comunidades a respeito da infra-estrutura, não vamos sair da ocupação."
Enquanto isso, mais barcos carregados com os povos indígenas estão chegando ao local do protesto a cada dia. É uma indicação de que este impasse na Amazônia pode se arrastar por dias que virão.
Relatório do ministério dos
Negócios Estrangeiros sobre a tortura de crianças palestinianas em Israel
O relatório Crianças em
detenção militar foi elaborado por uma delegação de nove advogados
britânicos de renome, chefiada pelo antigo juiz Sir Stephen Sedley, e descreve
como as crianças palestinianas a partir dos 12 anos são arrancadas das suas
camas a meia da noite e levadas pelos militares de olhos vendados e com
correntes nos pés.
Uma vez na cadeia, são quase
sempre isolados, sem poder ver os pais, privados do sono e obrigados a assinar
confissões que não fizeram.
Um dos advogados relata uma
audição a que assistiram num tribunal militar, onde a criança acusada
comparecia em uniforme castanho e com correntes nos pés.
Segundo a CAPJPO-EuroPalestine, o porta-voz
da embaixada de Israel em Londres, Amir Ofek, terá confirmado estes métodos,
argumentando: « É a culpa da Autoridade Palestiniana que não é capaz de
impedir que essas crianças cometam delitos, o que nos obriga a actuar desta
maneira».
O relatório integral encontra-se
no site :
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Criança morre a jogar futebol
Mamoun Zuhdi al-Dam, de 12 anos,
foi morto no dia 20 de Junho por um míssil lançado pelo exército israelita
sobre uma família palestiniana que se encontrava reunida num piquenique em
Gaza. Vários membros da família ficaram feridos. No ataque, oito resistentes
palestinianos perderam a vida.
Está actualmente a circular uma
petição para que o próximo campeonato europeu de sub-21 não se realize em
Israel:
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Israël volta a deter os
palestinianos libertados contra Gilad Shalit
Contrariamente ao que tinha
prometido para que os cerca de 2000 presos palestinianos cessassem a sua greve
da fome, Israel continua a manter em prisão sem acusação formada e sem
julgamento a chamada detenção administrativa os opositores palestinianos.
Entre estes encontram 26 deputados e ministros.
Para além disso, Israel assedia ou
rapta os presos palestinianos que foram trocados há cerca de nove meses pelo
prisioneiro de guerra israelita Gilad Shalit. É o caso recente de Ibrahim Abu
Hajla, membro da FDLP. Após ter imposto um recolher obrigatório à população de
Ramallah, o exército israelita cercou a sua casa, invadiu-a e destrui os móveis
e documentos pessoais do militante.
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A mesquita de Al
Aqsa invadida pelo exército israelita
Enquanto bombardeiam
quotidianamente a faixa de Gaza e voltam a deter os palestinianos libertados ao
abrigo de um acordo com o Hamas, o governo e os militares israelitas usam ainda
outros meios para provocar uma reacção dos palestinianos que legitimem a política
de limpeza étnica. Na semana passada, setenta soldados da marinha, acompanhados
de judeus extremistas, invadiram a mesquita Al Aqsa em Jerusalém oriental, um
lugar de culto muçulmano cujo acesso é frequentemente proibido aos próprios
fiéis.
Fonte:
CAPJPO-EuroPalestine, 28.6.2012
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A igreja da Natividade declarada Património
da Humanidade
Apesar das ameaças vindas dos
Estados Unidos e de Israel, a UNESCO acabou por responder positivamente ao
pedido da Autoridade Palestiniana e inscreveu a Basílica da Natividade de
Belém, onde supostamente terá nascido Jesus, no Património Mundial da
Humanidade.
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« Israel pertence ao homem
branco
É o que diz Eli Yishai, ministro
israelita do Interior, disposto a utilizar todos os meios para expulsar os
estrangeiros.
Os refugiados africanos são descritos
como um cancro e infiltrados e, segundo Netanyahou, colocam em causa a identidade
israelita. Na vaga de ataques às casas e lojas de africanos, também os
residentes imigrados e os judeus etíopes são atingidos.
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