Dez
anos de prisão por vender pão sem licença
27 de julho 2013
Dez anos de prisão é a pena a que a
justiça israelita condenou Zaki Sabah, pelo crime de venda repetida de pães
em Jerusalém Oriental sem licença.
Há 15 anos que este pai de 7 crianças,
de 60 anos e diabético ganha a sua vida desta maneira.
Este acto criminoso valeu-lhe várias
multas por parte da municipalidade, que Zaki não pode pagar. Por essa razão, as
autoridades israelitas levaram-no a tribunal onde um juiz o condenou na semana
passada a 10 anos de cadeia.
É preciso dizer que Zaki tem um grande
defeito : ele é árabe.
A
AP de Mahmoud Abbas reprime manifestantes
29 de julho 2013
Respondendo ao apelo da FPLP, cerca de
200 pessoas com bandeiras palestinianas começaram a desfilar este domingo 28 em
Ramallah para defender os direitos dos palestinianos por ocasião das
negociações poeira para os olhos e para exigir a libertação de todos os
presos políticos palestinianos.
Antes de chegarem à sede da Autoridade
Palestiniana (AP), foram bloqueados pelas forças da polícia que os atacou violentamente.
A associação palestiniana Addameer de defesa dos direitos humanos relata que
várias pessoas feridas levadas para o hospital foram perseguidas por agentes
que as impediram de serem tratadas.
Quatro manifestantes foram detidos,
entre os quais Khalida Jarrar, presidente do comité de defesa dos presos no
seio do Conselho Legislativo Palestiniano.
Enquanto decorrem as «negociações de paz»
25 de julho 2013
A administração militar israelita deu luz verde à
continuação de um projecto de construção de uma rede de 473 km de linhas de caminho-de-ferro
para ligar entre si os colonatos da Cisjordânia.
Segundo o jornal Haaretz,
a administração militar e o ministério israelita dos Transportes prevêem a
construção de 30 estações, dezenas de pontes e túneis e onze linhas ferroviárias.
O próprio diário israelita lamenta que essa rede possa ser construída num território árabe para necessidades judias.
Entretanto, começaram as obras para
uma nova estrada na Cisjordânia que ligará a cidade costeira de Hadera aos
colonatos instalados na região de Jenine e no Vale do Jordão. A estrada, que
terá um cumprimento de 183 km, estará terminada em 2014 e confiscará centenas
de hectares aos seus donos palestinianos.
Rapto
e detenção de crianças pelo exército israelita
29 maio 2013
Segundo a ONG Defence Children
International (DCI), o número de crianças detidas e maltratadas por Israel tem
vindo a subir, com uma média de 232 crianças por mês desde o início de 2013.
Ahmed Jawabreh, de 14 anos, dormia em
sua casa no campo de refugiados perto de Hebron, na Cisjordânia ocupada, no início
de abril, quando soldados israelitas o foram raptar às 3 h da manhã. O rapaz
devia passar um exame nesse dia de manhã, mas só foi libertado 18 dias mais
tarde. Estava suspeito de ter lançado pedras. Os seus pais tiveram de pagar uma
multa de 1100 dólares para que ele pudesse sair em liberdade (uma extorsão que
se tornou sistemática por parte das autoridades israelitas). Para além disso,
Ahmed ficou em prisão domiciliária, isto é, proibido de frequentar a escola.
Este rapto e este tratamento
constituem um exemplo entre muitos, citado pela DCI. Apenas no dia 20 de
março, os soldados israelitas detiveram 27 crianças em Hebron, algumas de
apenas 8 anos, cuja infracção é de lançar pedras ou de se encontrar em zonas interditas.
Um porta-voz do exército israelita
explicou, para justificar os raptos nocturnos, que havia uma predominância de
menores nos levantamentos populares e que as detenções são feitas de noite
para impedir que levantamentos de grande amplitude possam intensificar a situação
de violência.
A legislação israelita autoriza a detenção
e a encarceração de palestinianos a partir dos 12 anos. A lei precisa que
qualquer pessoa que lance pedras sobre um alvo fixo pode estar sujeita a uma
pena de prisão até 10 anos, e que lançar uma pedra sobre um alvo em movimento
pode levar a uma pena de prisão até 20 anos.
Fonte : NBC News. Marian Smith contribuiu
a esta reportagem.
(a partir de CAPJPO-EuroPalestine)
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