CMA-J

Colectivo Mumia Abu-Jamal

PALESTINA VENCERÁ !

   inPúblico                           

Dois pequenos grupos de pessoas manifestaram-se durante a actuação.

Durante o concerto do Jerusalem Quartet , quarteto de cordas israelita, que decorreu esta quarta-feira ao final da tarde, no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, ouviram-se vivas à Palestina.
A meio do primeiro andamento num quarteto de Mozart cerca de dez pessoas desfraldaram bandeiras da Palestina e gritaram: “Palestina vencerá!”
Os músicos israelitas prosseguiram o primeiro andamento até ao fim sem interrupção, enquanto essas pessoas eram retiradas da sala. Mas depois, no segundo andamento, a cena repetiu-se com outras pessoas que estavam também na sala mas não se tinham manifestado da primeira vez.
A reacção do público na sala foi aplaudir de pé a concentração dos músicos ( Alexander Pavlovsky, Sergei Bresler, Orikam e Kyril Zlotnikov) no final da execução desse quarteto de Mozart.
Na segunda obra do programa, um quarteto de Leos Janácek, o concerto Jerusalem Quartet decorreu sem incidentes.
 
Comentário oportuno
"Havia várias orquestras de prisioneiros que costumavam tocar música clássica nos campos de concentração nazis. Os Nazis adoravam música clássica, e estes também. Ficou célebre a orquestra de mulheres de Birkenau. O campo de concentração agora é outro, mas a música continua a mesma, clássica e tudo. Naquele tempo, contudo, estava-se nos inícios do século passado. Agora já estamos no século 21, altura em que um campo de concentração é a maior das vergonhas para a humanidade. E há ainda tanta gente a preferir aplaudir a música clássica do que revoltar-se contra exterminações, no momento de palestinianos. Os aplausos à música, e o silêncio e olhares desviados da miséria humana, são os mesmos que no tempo em que eliminavam os judeus. A mesma atitude de soberba lamentável."

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