Artigo publicado em site da RTP
Bargouthi, durante o seu julgamento em 2002
Oleg Popov, Reuters
O carismático dirigente da Fatah, Marwan Bargouthi, defendeu a campanha BDS (boicote, desinvestimento e sanções), visando isolar internacionalmente Israel, como noutro momento foi feito com o regime sul-africano do apartheid. Segundo Bargouthi, as negociações são inúteis porque Israel não deseja a paz e só as utiliza para ganhar tempo, enquanto vai expandindo os colonatos.
Marwan Bargouthi, que também é por vezes designado como "o Mandela palestiniano", encontra-se preso desde 15 de Abril de 2002 e foi entretanto condenado a prisão perpétua. Mesmo durante os 13 anos de cadeia, tem continuado a ser uma figura influente na política palestiniana e a eventualidade de uma candidatura presidencial sua, consensual entre a Fatah e o Hamas, tem voltado regularmente a ser objecto de discussão.
A entrevista de Bargouthi foi concedida à Reuters através do Palestinian Prisoners' Club e surge hoje citada no site do diario Yedioth Aaronot. Nela, Bargouthi pronuncia-se pela primeira vez a favor da prioridade da campanha internacional de BDS, sublinhando que as negociações com Israel não têm conduzido a nada.
Segundo as palavras do preso político mais proeminente da Palestina, "promover a campanha pelo boicote, desinvestimento e sanções contra a ocupação [foi] um prelúdio ao seu isolamento internacional e a aplicar sanções internacionais contra ela".
Bargouti manifestou-se também contra a possibilidade, admitida pelo presidente Mahmud Abbas, de reatar negociações com Israel, argumentando que "durante 20 anos as negociações com Israel falharam em conseguir liberdade, retorno [dos refugiados] e independência (...) Não vejo que Israel esteja disposto a uma paz autêntica, mas que quer usar negociações infrutíferas para continuar a ocupação e colonização, e para relaxar o seu isolamento internacional".
Um dos argumentos a favor da campanha de BDS é, segundo Bargouthi, que "os palestinianos devem fazer subir para Israel o preço da ocupação".
Sem mencionar o papel do Hamas nos recentes combates contra a tropa israelita que invadiu Gaza, Bargouthi considerou que "a batalha representa uma vitória para a resistência [porque] provou que Israel não pode e não tem a capacidade de resolver o conflito pela força militar, e que a única forma de pôr fim ao conflito é acabar com a ocupação nos territórios palestinianos ocupados em 1967".
A entrevista de Bargouthi foi concedida à Reuters através do Palestinian Prisoners' Club e surge hoje citada no site do diario Yedioth Aaronot. Nela, Bargouthi pronuncia-se pela primeira vez a favor da prioridade da campanha internacional de BDS, sublinhando que as negociações com Israel não têm conduzido a nada.
Segundo as palavras do preso político mais proeminente da Palestina, "promover a campanha pelo boicote, desinvestimento e sanções contra a ocupação [foi] um prelúdio ao seu isolamento internacional e a aplicar sanções internacionais contra ela".
Bargouti manifestou-se também contra a possibilidade, admitida pelo presidente Mahmud Abbas, de reatar negociações com Israel, argumentando que "durante 20 anos as negociações com Israel falharam em conseguir liberdade, retorno [dos refugiados] e independência (...) Não vejo que Israel esteja disposto a uma paz autêntica, mas que quer usar negociações infrutíferas para continuar a ocupação e colonização, e para relaxar o seu isolamento internacional".
Um dos argumentos a favor da campanha de BDS é, segundo Bargouthi, que "os palestinianos devem fazer subir para Israel o preço da ocupação".
Sem mencionar o papel do Hamas nos recentes combates contra a tropa israelita que invadiu Gaza, Bargouthi considerou que "a batalha representa uma vitória para a resistência [porque] provou que Israel não pode e não tem a capacidade de resolver o conflito pela força militar, e que a única forma de pôr fim ao conflito é acabar com a ocupação nos territórios palestinianos ocupados em 1967".
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