Ismail Coovadia recusou e devolveu ao ministério israelita
dos Negócios Estrangeiros o certificado anunciando que o Fundo Nacional Judeu
iria plantar dezoito árvores em sua honra.
O antigo militante anti-apartheid, membro do ANC e
diplomata de longa data, referiu como motivo da sua acção a política de
apartheid de Israel contra os palestinianos.
Escreve Ismail Coovadia:
Acabei de deixar o
meu cargo de 5º embaixador da África do Sul democrática e não-racial no Estado
de Israel. Inconveniente, não me pediram autorização (nem o FNJ nem o governo
de Israel) para plantar árvores em meu nome ou em nome do embaixador da África
do Sul numa terra usurpada, a terra legítima dos palestinianos e dos beduínos. Reservo-me
o direito de fazer uso do meu nome... Apoiei a luta contra o apartheid na África
do Sul e não posso ser agora partidário do que estou a testemunhar em Israel, que
é uma réplica do apartheid.
O certificado que me foi oferecido pelo Sr. Rafael Barak,
director geral do ministério israelita dos Negocios Estrangeiros com o apoio do
FNJ não é nada menos que uma ofensa à minha dignidade e à minha integridade. Não
concordei e nunca concordarei com a plantação de 18 árvores em minha honra
numa terra expropriada e roubada... e peço que retirem as 18 árvores... plantadas em minha honra.
Recorde-se que o FNJ está envolvido na limpeza étnica e
especialmente a construção de árvores no lugar das aldeias palestinianas destruídas
pelos israelitas, numa tentativa de eradicar os vestígios de vida palestiniana.
Traduzido de CAPJPO-EuroPalestine
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