CMA-J

Colectivo Mumia Abu-Jamal

Amanhã todos à Manifestação Global Contra a sociedade que nos sequestra a vida

15 de Outubro | Manifestação global | 15H - Lisboa - Marquês de Pombal | 19H Assembleia Popular em frente à Assembleia da República | 15H - Porto - Praça da Batalha

- Pelo fim da precariedade de vida.Lisboa - Marquês de Pombal (19h - Assembleia Popular em frente ao Parlamento)Porto - Praça da BatalhaAngra do Heroísmo - Praça Velha
Braga - Avenida
CentralCoimbra - Praça da RepúblicaÉvora - Praça do SertórioFaro - Jardim Manuel BivarResto do Mundo (mapa-mundo dos protestos: http://map.15october.net/

MANIFESTO:
Somos “gerações à rasca”, pessoas que trabalham, precárias,
desempregadas ou em vias de despedimento, estudantes, migrantes e
reformadas, insatisfeitas com as nossas condições de vida. Hoje vimos
para a rua, na Europa e no Mundo, de forma não violenta, expressar a
nossa indignação e protesto face ao actual modelo de governação
política, económica e social. Um modelo que não nos serve, que nos
oprime e não nos representa. A actual governação assenta numa
falsa democracia em que as decisões estão restritas às salas fechadas
dos parlamentos, gabinetes ministeriais e instâncias internacionais. Um
sistema sem qualquer tipo de controlo cidadão, refém de um modelo
económico-financeiro, sem preocupações sociais ou ambientais e que
fomenta as desigualdades, a pobreza e a perda de direitos à escala
global. Democracia não é isto! Queremos uma Democracia
participativa, onde as pessoas possam intervir activa e efectivamente
nas decisões. Uma Democracia em que o exercício dos cargos públicos seja
baseado na integridade e defesa do interesse e bem-estar comuns.
Queremos uma Democracia onde os mais ricos não sejam protegidos por
regimes de excepção. Queremos um sistema fiscal progressivo e
transparente, onde a riqueza seja justamente distribuída e a segurança
social não seja descapitalizada; onde todas as pessoas contribuam de
forma justa e imparcial e os direitos e deveres dos cidadãos estejam
assegurados. Queremos uma Democracia onde quem comete abuso de
poder e crimes económicos e financeiros seja efectivamente
responsabilizado por um sistema judicial independente, menos burocrático
e sem dualidade de critérios. Uma Democracia onde políticas
estruturantes não sejam adoptadas sem esclarecimento e participação
activa das pessoas. Não tomamos a crise como inevitável. Exigimos saber
de que forma chegámos a esta recessão, a quem devemos o quê e sob que
condições. As pessoas não são descartáveis, nem podem estar
dependentes da especulação de mercados bolsistas e de interesses
financeiros que as reduzem à condição de mercadorias. O princípio
constitucional conquistado a 25 de Abril de 1974 e consagrado em todo o
mundo democrático de que a economia se deve subordinar aos interesses
gerais da sociedade é totalmente pervertido pela imposição de medidas,
como as do programa da troika, que conduzem à perda de direitos
laborais, ao desmantelamento da saúde, do ensino público e da cultura
com argumentos economicistas. Os recursos naturais como a água,
bem como os sectores estratégicos, são bens públicos não privatizáveis.
Uma Democracia abandona o seu futuro quando o trabalho, educação,
saúde, habitação, cultura e bem-estar são tidos apenas como regalias de
alguns ou privatizados sem que daí advenha qualquer benefício para as
pessoas. A qualidade de uma Democracia mede-se pela forma como trata as pessoas que a integram. Isto não tem que ser assim! Em Portugal e no Mundo, dia 15 de Outubro dizemos basta! A Democracia sai à rua. E nós saímos com ela.

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