CMA-J

Colectivo Mumia Abu-Jamal

Carcereiros á rédea solta em Passos de Ferreira

Teor de carta  da ACED emitida para as autoridades que deviam quebrar de vez a impunidade dos guardas prisionais que agem á rédea solta soltando as suas práticas violentas e racistas .

"Ulisses Mendes Chaves está preso em Paços de Ferreira. Está a ser alvo de perseguição por parte dos guardas de nomes Aires, Belo e Barbosa. É guineense e não tem visitas. Impedem-no de telefonar. Está na ala de segurança.
Em datas que não sabemos precisar pode descrever 3 episódios.
Uma vez entraram na cela e atiraram fora comida que tinha guarda, comprada na cantina. A pretexto de conter os protestos do recluso usaram algemas, gás pimenta e levaram-no para o pátio.
Outra vez o guarda Aires partiu para a agressão e chamou outros guardas para o socorrerem. Usaram o “ferro”, o punho do cassetete, e partiram-lhe um dente da frente. Na pancadaria insultavam-no e chamavam-lhe preto como um insulto.
No Natal o guarda Aires trouxe o pequeno-almoço à cela e atirou um pão à cara do recluso, insultando-o. Chamou outros guardas e usaram gás pimenta, “ferro” e algemas e deixaram-no no pátio à chuva. Ferido num joelho e nas costas.
Informado destes desmandos, o chefe de guardas não reage aos maus tratos. Reclamações por escrito são enviadas para o lixo. Sempre que vai à cantina há tensão e problemas. Não querem deixar comprar o que o recluso entende dever comprar.
Ulisses espera que este regime de tensão que persiste há meses possa deixar de o perseguir. Pelo que dirigiu uma reclamação para o exterior da cadeia, que a ACED recebeu e transmite a quem de direito."

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