A maior parte dos judeus de Israel apoiaria a implantação de um regime de
apartheid em Israel se o país anexasse formalmente a Cisjordânia, revela uma sondagem noticiada pelo jornal Haaretz.
Colonato judeu na Cisjordânia (Laszlo Balogh/Reuter
A sondagem apresenta outros dados que apontam que a maioria dos judeus de Israel defende a discriminação contra os cidadãos árabes, escreve o jornal israelita.
Entre os inquiridos, 74% são a favor de estradas separadas para israelitas e palestinianos na Cisjordânia.
Mais de dois terços dos judeus israelitas dizem que devia ser negado o direito de voto aos 2,5 milhões de palestinianos que vivem naquele território ocupado. Um terço defende a criação de uma lei que impeça os árabes de Israel de votarem para o parlamento israelita, o Knesset.
Quando questionados sobre se os judeus deviam ser preferidos aos árabes na escolha para cargos na administração pública, 59% responderam afirmativamente; 49% disseram que os cidadãos judeus deviam ser tratados de uma melhor forma do que os árabes; 42% revelaram não querer vizinhos árabes a viver no mesmo prédio. O mesmo número respondeu que não quer os seus filhos a frequentar a mesma escola que as crianças árabes.
Mais de metade dos inquiridos (58%) acredita que Israel já tem práticas de apartheid contra os cidadãos árabes, enquanto 31% dizem não ser este o caso.
A sondagem foi conduzida pela empresa de estudos de opinião Dialog, sob encomenda do New Israel Fund, organização que, como lembra o jornal britânico Guardian, é acusada por alguns críticos de direita de ter uma agenda anti-sionista.
As perguntas foram redigidas por activistas pela paz e pelos direitos civis e feitas a 503 entrevistados.
A sondagem distingue os vários grupos na sociedade israelita – os seculares, os observantes, os religiosos, os ultra-ortodoxos e os ex-imigrantes soviéticos.
Os ultra-ortodoxos são aqueles com as posições mais radicais contra os palestinianos, com 83% dos inquiridos deste grupo a mostrarem-se de acordo com a segregação de estradas.
Gideon Levy, do Haaretz assina a notícia e um texto de opinião que comenta os resultados da sondagem. O conhecido jornalista diz que este estudo mostra uma fotografia da sociedade israelita e que a imagem “é muito, muito doente”.
“Já não são só os críticos israelitas e os estrangeiros que o dizem. Agora são os próprios israelitas que se definem abertamente, sem vergonha e sem culpa, como nacionalistas racistas”, escreve Levy.
Para Gideon Levy, ao responderem desta forma, os israelitas estão a afirmar: “Somos racistas, praticamos o apartheid e até queremos viver num estado de apartheid. Sim, isto é Israel”.
Entre os inquiridos, 74% são a favor de estradas separadas para israelitas e palestinianos na Cisjordânia.
Mais de dois terços dos judeus israelitas dizem que devia ser negado o direito de voto aos 2,5 milhões de palestinianos que vivem naquele território ocupado. Um terço defende a criação de uma lei que impeça os árabes de Israel de votarem para o parlamento israelita, o Knesset.
Quando questionados sobre se os judeus deviam ser preferidos aos árabes na escolha para cargos na administração pública, 59% responderam afirmativamente; 49% disseram que os cidadãos judeus deviam ser tratados de uma melhor forma do que os árabes; 42% revelaram não querer vizinhos árabes a viver no mesmo prédio. O mesmo número respondeu que não quer os seus filhos a frequentar a mesma escola que as crianças árabes.
Mais de metade dos inquiridos (58%) acredita que Israel já tem práticas de apartheid contra os cidadãos árabes, enquanto 31% dizem não ser este o caso.
A sondagem foi conduzida pela empresa de estudos de opinião Dialog, sob encomenda do New Israel Fund, organização que, como lembra o jornal britânico Guardian, é acusada por alguns críticos de direita de ter uma agenda anti-sionista.
As perguntas foram redigidas por activistas pela paz e pelos direitos civis e feitas a 503 entrevistados.
A sondagem distingue os vários grupos na sociedade israelita – os seculares, os observantes, os religiosos, os ultra-ortodoxos e os ex-imigrantes soviéticos.
Os ultra-ortodoxos são aqueles com as posições mais radicais contra os palestinianos, com 83% dos inquiridos deste grupo a mostrarem-se de acordo com a segregação de estradas.
Gideon Levy, do Haaretz assina a notícia e um texto de opinião que comenta os resultados da sondagem. O conhecido jornalista diz que este estudo mostra uma fotografia da sociedade israelita e que a imagem “é muito, muito doente”.
“Já não são só os críticos israelitas e os estrangeiros que o dizem. Agora são os próprios israelitas que se definem abertamente, sem vergonha e sem culpa, como nacionalistas racistas”, escreve Levy.
Para Gideon Levy, ao responderem desta forma, os israelitas estão a afirmar: “Somos racistas, praticamos o apartheid e até queremos viver num estado de apartheid. Sim, isto é Israel”.
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