SÁBADO 17 DE MARÇO 16h » 00h
INFORMAÇÃO/ CONVERSAS/ JANTAR/ MÚSICA
QUINTA MUSAS
O ano de 2011 viu crescer no Musas – uma velha coletividade desportiva de bairro – o projeto da Quinta Musas da Fontinha, uma experiência de horta urbana comprometida com princípios de permacultura e agricultura biológica, em processos de trabalho comunitários, e na decisão por consenso, fora de qualquer processo hierarquizado, que lhe foram introduzidos pela própria experiência de vida do Espaço Musas.
Sem qualquer razão válida que o justificasse, o Musas foi contudo, no final deste ano, ameaçado por uma ação de despejo focalizada nas acusações de ter abandonado toda a prática desportiva – que fundamentava o arrendamento do prédio onde tem a sua sede -, o que não é verdadeiro, tendo-se pelo contrário implementado as práticas físicas e desportivas (sobretudo o xadrez, em que o Musas é coletividade federada), ter construído a casa para um sem-abrigo, quando apenas ajudou um vizinho a reparar um velho e pequeno barraco pré-existente e referenciado em plantas camarárias; e ter ocupado ilegalmente e destruído plantas e objetos de um logradouro nas traseiras da sua sede (onde se instalou a Quinta Musas da Fontinha), quando apenas limpou de muito lixo e plantas infestantes, como um silvado impenetrável, propícias à criação de pragas, o terreno do logradouro, como se sabe à sua guarda desde há dezenas de anos, como o provam várias contas de limpezas da câmara municipal e a prática do jogo da malha que todos os vizinhos comprovam.
Apesar de tudo isto, o Musas tem que se defender em Tribunal, para o que lhe escasseiam recursos próprios. É nesse sentido que apela, com alguma premência, à solidariedade de todas as pessoas e coletivos que se identifiquem com os seus princípios, ou que ao menos queiram fazer prevalecer uma situação da mais elementar justiça.
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