Las Lasactividades por la salud y libertad para Mumia Abu-Jamal a sus 34 años de encarcelamiento se han dado en el contexto de un nuevo atentado contra su vida, esta vez por la vía médica. El Departamento de Correcciones del estado de Pensilvania y la empresa privada que presta servicios de salud a los presos, Correct Care Solutions, saben que Mumia tienen la Hepatitis C y saben que puede ser fatal, pero se niegan a darle un tratamiento de las nuevas drogas anti-virales que le podrían salvar la vida. Dicen que no está suficiente enfermo, que sólo están obligados a darle tratamiento en las últimas etapas de la enfermedad –cuando ya sería tarde. Es decir, le están dando una nueva sentencia de muerte.
Ante este negativo, Mumia insiste que tiene el derecho al tratamiento y que también hay otros 10,000 presos en el estado de Pensilvania con la misma enfermedad que tienen este derecho. Mientras tanto, está dando la batalla para recuperarse. Ahora no siente que está para morir y agradece al movimiento por mantenerlo vivo con sus llamadas, correos, acciones y oraciones.
Falsamente acusado de matar a un policía, Mumia es preso por luchar. El ex Pantera Negra y simpatizante de MOVE tiene mucho que compartir y, alentado por el creciente movimiento contra la violencia policiaca en Estados Unidos, se esfuerza a relacionarse a ello a través de sus escritos.
El sábado 5 de diciembre exigimos libertad, vida y salud para Mumia afuera de la embajada de estados unidos en la Ciudad de México, como se ve en este video de la compañera Carolina Bt. Contamos con la participación de los tambores y poetas de Son de la Montaña, el canto de Eva Palma, el rap de Raíces y Batallones Femeninos, performanz y danza africana, representada en un segundo video de la compañera Carolina Bt.
En el acto también dimos lectura a algunos escritos sobre los recientes libros de Mumia. Su octavo libro, La escritura en la pared (Writing on the Wall), contiene uno de varios ensayos que él ha escrito sobre un pueblo relativamente desconocido en el estado de Missouri que se volvería “una consigna de resistencia” después de que la gente se levantó contra el asesinato del joven negro, Mike Brown, por el policía blanco Darren Wilson el 9 de agosto de 2014. En Ferguson, dice Mumia,
“…a la juventud —excluida de la economía estadounidense por la educación inferior y deficiente; agredida por la supuesta guerra anti-droga y el encarcelamiento masivo; detenida y revisada por caminar siendo negra–– le ofrecieron asientos en primera fila al estado de seguridad nacional….Ferguson es un despertar. Un llamado a la juventud para construir movimientos sociales radicales y, sí, revolucionarios, para lograr cambios.”
Y por si acaso algún(a) activista se desespera y piensa que las cosas siempre van a seguir igual y que no vale la pena luchar, en su noveno libro que está por salir, Murder Inc., Mumia nos recuerda que “hay una distintiva característica compartida por todos los imperios en el curso de la historia. Todos y cada uno de ellos desaparecen. ¿Y qué es lo que queda? Ruinas desmoronadas y monumentos manchados que retratan a gobernantes convertidos en polvo…”
En estos días decenas de artistas han rifado con la pinta de murales en el Chanti Ollin y el Auditorio Che Guevara y con las imágenes de la campaña gráfica que presentamos en el acto afuera de la malvada embajada y en varios otros eventos, incluyendo proyecciones y/o charlas en la Cafetería Rizoma (espacio Radio Zapote), la Casa de los Amigos y el Café la Magdalena, ésta última organizada por la Red contra la Represión. Agradecemos la transmisión de la Ke Huelga Radio y el programa especial de Noticiasdeabajo-ML y Tejemedios sobre presas y presos injustamente encarcelados en México y el mundo, también la entrevista por Radio Desobediencia.
En Filadelfia, Nueva York y otras ciudades se han realizado varios actos en apoyo a Mumia y otros presos y presas políticas este mes, incluyendo en Paris, Berlin, Bilbao, Barcelona, Santiago de Chile, Bogotá, San José y Las Heras.
Hay una importante movilización el 18 de diciembre cuando Mumia tiene una audiencia sobre la negación del Departamento de Correcciones de Pensilvania a darle tratamiento por la Hepatitis C. Mumia dará testimonio en la audiencia por televisión en vivo y los comités solidarios en Filadelfia y Nueva York viajarán a Scranton, Pensilvania para llenar el salón del tribunal.
Apesar do peso negativo dos dias que vivemos, ainda nos é permitido ter ambições de ter um mundo mais justo, é esse mais um desafio para o ano que se aproxima...
Saúde e Liberdade para Mumia Abu-Jamal !
O ÊXODO SÍRIO . A terminar o ano de 2015, mais negativo do que positivo para os povos do planeta Terra que viram serem semeadas mais guerras e atentados de vária ordem social e climáticos atentatórios do futuro dos mais desprotegidos . Entre as guerras provocadas pelos interesses imperiais, na Síria, não passou despercebida pela onda de refugiados que se aprontou para assaltar a Europa fortaleza sendo recebidos com hipocrisia e manifestações xenófobas e racistas, Europa essa ...com grande fatia de responsabilidades na situação de barbárie que se vive no médio oriente . Ao contrário do que se possa supor os refugiados sírios estão acantonados nos países vizinhos: na Turquia 1,8 milhão, no Libano 1,2 milhão (sinificando 25% da população deste pequeno país), na Jordânia 628,427 milhares e no Egipto 133,000 milhares. Ou seja 4 milhões dos 24 milhões de sírios são refugiados, sem enumerar os existentes no interior deste país que fugiram das suas casas para áreas mais seguras .
Activistas dos direitos humanos interromperam esta noite o concerto de música clássica do "Jerusalem Quartet" na Fundação Gulbenkian em protesto contra a associação do grupo israelita com o exército de Israel.
O concerto decorria quando da plateia se levantou um grupo de pessoas gritando palavras de ordem contra os crimes de guerra israelita. Quando eram levadas para fora da sala pelos seguranças, ainda lançaram para o ar panfletos explicando a razão do seu acto. Passados uns minutos, a cena repetiu-se com um segundo grupo que conseguiu fazer parar os músicos quando gritava “boicote Israel, Palestina vencerá”.
O forte dispositivo policial, completamente inabitual, dentro e fora do edifício, mostra como uma casa de cultura se pode transformar numa fortificação quando lá actuam israelitas. Israel não pode exportar cultura sem exportar juntamente os seus muros e o seu sistema de repressão.
Os protestos tiveram lugar depois da Fundação Gulbenkian ter ignorado as cartas enviadas pelo Comité de Solidariedade com a Palestina e dezenas de outros cidadãos interessados pedindo que o concerto fosse cancelado devido à associação oficial do "Jerusalem Quartet" com o exército israelita, auto-intitulando-se "os melhores embaixadores do estado de Israel".
"Numa altura em que Israel tem aumentado a repressão violenta contra o povo palestiniano, deixando mais de 100 mortos desde o início de Outubro, é de mau gosto que a Fundação Gulbenkian convide representantes oficiais de um Estado de apartheid," disse um activista do Comité de Solidariedade com a Palestina, "a Fundação não respondeu sequer aos nossos apelos, o que levou a esta acção mais expressiva"
O "Jerusalem Quartet" é alvo de protestos nas cidades onde toca, como em Londres e Nova Iorque, no âmbito da campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) contra Israel, sendo esta a segunda vez que protestos tiveram lugar na Fundação Gulbenkian em Lisboa. Em 2013, a Fundação ignorou apelos semelhantes e manteve o convite ao grupo.
O Comité de Solidariedade com a Palestina declarou que não se opõe à expressão cultural, mas que o "Jerusalem Quartet" politiza a sua arte para ser apologista de um Estado agressor. As mais recentes tournées do grupo na Europa foram financiadas pelo Estado de Israel no âmbito de um programa de propaganda intitulado "Brand Israel" com o objectivo de pintar uma imagem "mais bonita" de Israel e distrair a atenção do mundo da ocupação brutal.
No mês passado arménios da diáspora a viver nos EUA e na Palestina escreveram uma carta à Fundação Gulbenkian apelando para que cancelassem o concerto do Jerusalem Quartet que dá legitimidade às políticas violentas de Israel, invocando o mandato da Fundação a favor da comunidade arménia e a ligação de Calouste Gulbenkian aos arménios da Palestina. A Fundação ignorou os apelos dos próprios arménios, e na resposta que só veio na véspera do concerto, não abordou sequer os argumentos bem fundamentados apresentados na carta.
Aqui, o texto da carta do CSP à Fundação Gulbenkian:
Mumia Abu-Jamal é um dos intelectuais públicos mais importantes do nosso tempo ... Ele nos oferece novas maneiras de pensar sobre direito, da democracia e do poder. Ele nos permite refletir sobre o fato de que as possibilidades de transformação, muitas vezes surgem onde menos se espera. " -Angela Davis
Amor revolucionário, revolucionário e análise de memória revolucionária está no trabalho em todas as páginas escrito por Mumia Abu-Jamal ... Seus escritos são uma chamada... wake-up. Ele é uma voz de nossa tradição profética, falando para nós aqui, agora, vividamente, com urgência. Homem negro, old-school homem jazz, lutador da liberdade, revolucionário-sua presença, sua voz, suas palavras são a escrita na parede. " - Cornel West
"Quando você ouvir Mumia Abu-Jamal você ouve os ecos de David Walker, Frederick Douglass, WEB Du Bois, Paul Robeson, e as irmãs e irmãos que mantiveram a fé com a luta, que manteve a fé com a resistência." - Manning Marable
Escrita na parede apresenta uma seleção de mais de 100 ensaios inéditos, abrangendo todo o período de prisão de Mumia Abu-Jamal, que cristalizar suas perspectivas essenciais na comunidade, política, protesto, história, mudança social e organização de movimentos em os EUA e internacionalmente. A partir de discussões de Rosa Parks e Martin Trayvon, a Martin Luther King Edward e Snowden, Abu-Jamal articula uma visão lúcida, bem-humorado e muitas vezes presciente para o passado, presente e futuro da política e da sociedade americanas.
Este livro e este evento não poderia ser mais oportuna, relevante e pensamentos de provocação.Presenting Mumia e discuti-las será Angela Davis, Johann Fernández, e Walter Turner.
Angela Davis é um americana ativista político, erudita e autora. Ela emergiu como um proeminente ativista progressista e uma líder no Partido Comunista EUA. Ela trabalhou com o Partido dos Panteras Negras, e foi fortemente envolvida no Movimento dos Direitos Civis dos Estados Unidos, particularmente direitos dos prisioneiros. Ela fundou resistancia Crítica.
Johanna Fernández, o editor da escrita na parede, é um ex-Fulbright Scholar para Jordan.Currently professora assistente de História na Universidade da Cidade de Nova York, ela é o escritora e produtora do filme Justice on Trial: The Case for Mumia Abu- Jamal.
Professor Walter Turner, Faculdade de Ciências Sociais Professor Marin, também é anfitrião e produtor do programa semanal Pacifica Radio Africa Today, exibido segunda-feira noites em KPFA Rádio 94.1FM.
Poucos conhecerão as notícias abjectas sobre Mohamed Suleiman nestas horas em que tanto se fala de terrorismo, barbárie e selvajaria como contraponto à nossa superioridade civilizacional plena de virtudes e bênçãos divinas, provenham elas de entidades supremas ou dos não menos supremos mercados.
Não, Mohamed Suleiman não é nenhum dos bandidos armados que praticaram as chacinas de Paris ou Madrid ou Nova Iorque, ou decapitaram um qualquer “cidadão ocidental”; estes são os verdadeiros terroristas, assim definidos pelos lugares onde actuam e as vítimas que provocam, mas de que ninguém ouviria falar entre nós caso se ficassem pelos massacres simultâneos de centenas de sírios e iraquianos, previamente forçados a cavaram as valas comuns para nelas partirem em busca da eternidade, porque isso era assunto lá entre eles, entre bárbaros, que não encaixa nos padrões exigentes e ilustrados de direitos humanos.
Mohamed Suleiman tem 15 anos, é um adolescente palestiniano de Hares, perto de Nablus, na Cisjordânia, detido numa masmorra israelita desde os 13 anos por “atirar pedras”, pecado gravíssimo porque cometido numa estrada reservada a colonos – a designação verdadeira, ocupantes, é politicamente incorrecta – exemplo das obras públicas israelitas que institucionalizam um civilizado regime de apartheid um quarto de século depois de o apartheid original ter sido extinto.
As autoridades israelitas foram buscar Mohamed Suleiman a casa há dois anos, não havendo qualquer flagrante a invocar, e mantiveram-no na cadeia até completar 15 anos. Torturaram-no, juntamente com mais quatro jovens, até confessarem o crime de “atirar pedras” e agora, que já tem idade para ser “julgado”, um tribunal militar israelita condenou-o a 15 anos de prisão por “25 tentativas de assassínio”, judiciosa versão da acusação original baseada no arremesso de calhaus; mas se a família não conseguir pagar uma multa de sete mil euros até 26 de Janeiro a pena transforma-se automaticamente em prisão perpétua. Como os parentes do garoto não têm esse dinheiro – vivem sob ocupação numa terra submetida à violência sádica e fundamentalista dos colonos, espoliados de todos os meios de sobrevivência pelo Estado de Israel – Mohamed Suleiman corre o sério risco de passar o resto dos seus dias que vão para lá dos 15 anos, idade dos sonhos para os adolescentes livres, numa masmorra às ordens dos civilizados esbirros ocupantes.
Esta é a história de Mohamed Suleiman. Ela não corre nos nossos tão informados telejornais, nos nossos periódicos ditos de referência, nas nossas rádios inundadas de cachas, apesar de tais meios não descansarem um segundo na denúncia do terrorismo, do terrorismo mau, pois claro, mas onde deveria caber, por simples misericórdia, um cantinho para Mohamed Suleiman, ao que parece insuspeito de ser do Estado Islâmico ou da Al-Qaida, cujos mercenários às vezes podem ser terroristas, outras nem tanto, depende.
Tão pouco a ONU, a UNICEF, a omnipresente e justiceira NATO, a democratíssima e vigilante União Europeia, tantos observatórios e organizações não-governamentais parecem conhecer a barbárie terrorista de que é vítima Mohamed Suleiman e os seus companheiros. Já me esquecia das boas razões para tal alheamento: Israel, tal como esse farol da democracia que é a Arábia Saudita e também a fraternal Turquia, agora às portas da União Europeia desde que sirva de tampão à entrada de refugiados na Europa, enquanto nutre bandos terroristas, são exemplos brilhantes de civilização e de respeito pelos direitos humanos. Os amigos e aliados jamais praticam terrorismo, tratam da nossa “segurança”.
O caso de que são vítimas Mohamed Suleiman e os cinco de Hares é um exemplo de terrorismo puro e duro, sem adjectivação porque o terrorismo é um fenómeno único, não existem terroristas bons ou maus, civilizados ou bárbaros. Mas esta é uma tese vinda dos bas-fonds da teoria da conspiração, não conta para a vida nos nossos dias.
Ainda sobram no mundo, porém, algumas organizações solidárias que, enquanto denunciam esta aberração selvática, procuram, para já, ajudar a reunir os sete mil euros necessários (http://www.europalestine.com/spip.php?article11302) para tentar travar, no mínimo, a perpetuidade da prisão.
Quanto ao resto, a história de Mohamed Suleiman e tantas outras histórias que preenchem o quotidiano trágico de Jerusalém Leste, Cisjordânia e Gaza, as histórias de degredos, demolição de casas, assassínios selectivos, escolas e hospitais arrasados, asfixia económica, privação de água e energia, checkpoints e rusgas arbitrárias, muros e outras formas de segregação física e psicológica, mais não é do que exposição da hipocrisia terrorista pela qual se guia a chamada “comunidade internacional”.
Agora que a bandeira da Palestina, Estado fantasma, ondula junto ao palácio de vidro da ONU as boas consciências dos nossos civilizados e democráticos dirigentes sentem-se apaziguadas. Casos escabrosos de terrorismo como o de Mohamed Suleiman poderia, é certo, mascarar essa “paz” tão laboriosamente aparentada, mas que não haja problema: varre-se para o fundo dos tapetes da diplomacia e do desconhecimento, com a prestimosa colaboração do amestrado aparelho de propaganda.
-Se alguém leva o nome Laquan, podemos assumir que ele é um homem negro. Laquan era alguém de estatura média, talvez 1,60 metros, e cerca de 60 quilos. No centro de Chicago Laquan prances ao longo de um beco com indiferença típica de um adolescente. Parece mais que ele iria saltar e não executar. Na mão direita ele segura uma faca de bolso com uma lâmina curta. Quando você vê-lo assim, você pode quase sentir o chute, a testosterona juvenil em seus gatilhos da corrente sanguínea. Uma fonte de energia, o que lhe dá a tranqüilidade de saber que ele é invencível, que ele derrubar paredes e pode mover montanhas.
Então, sem aviso, um tiro ouvido, e Laquan repente gira em torno de seu próprio eixo e cai no chão. Uma dor sem precedentes permeia seu corpo, paralisando-o, e ele se contorce em conjunto como um feto no útero. O asfalto frio se arrasta para dentro dele. Em seguida, tomar o ritmo dos batimentos cardíacos mais projéteis mortais de uma arma da polícia o corpo dolorido, e o de 17 anos Laquan McDonald não é mais.
Ele é um dos últimos crânio preto que foi arremessado de um Klansman branco no uniforme para o reino do esquecimento.Seu até que o nome recentemente desconhecido agora alargado o número de pessoas assassinadas: Tamir Arroz, Mike Brown, Donald »Dontay" Ivy, Eric Garner, Oscar Grant, Freddie Gray e muitos outros, todos eles vítimas de uma das Lamentações mais antiga do continente americano eram - o "medo do branco contra o negro."
Por causa de uma lâmina de cerca de sete centímetros de comprimento de uma faca de bolso - que, aliás, todos estão autorizados a ter com eles legalmente - são caçados no corpo de um adolescente de 16 projéteis mortais! E então você pode ouvir um ano inteiro mais nada sobre o incidente até que um jornalista freelance consegue liderar com base na ação judicial "Freedom of Information Act" contra a cidade de Chicago e vencer, de modo que o vídeo da polícia da morte bárbara o jovem é obrigada a publicar. A câmera em um dos carros de patrulha acabou de realizar, como o menino turbulento salta para a sua morte.
Em seguida, o atirador branco Jason Van Dyke foi realmente preso e acusado, mas ninguém deve se surpreender se ele for absolvido no final. Cada cidade que consegue ser um assassino como um ano ele desaparecer da cena, ele acabará por criar, para dobrar uma absolvição.
No sábado à tarde, cerca de 60 pessoas participaram na manifestação nas ruas do centro da Amadora. Elas manifestaram o seu repúdio pela política do despejo contra os habitantes africanos do Bairro de Sta. Filomena que a Câmara Municipal de Amadora continua a seguir - sem o mínimo de escrúpulo face ao destino das famílias.
Os políticos do município seguem assim submissamente os interesses imobiliários do BCP Millenium na Amdora, banco esse que também se tornou centro das palavras de ordem quando os manifestantes gritaram: “Câmara deita abaixo – Millenium ganha o tacho”.
Também em frente ao prédio da Câmara Municipal houve uma pequena concentração que denunciou essa colaboração e apontou como o seu responsável político de longa data, o Senhor Raposo, atualmente deputado do PS na Assembleia da República, e a Presidente da Câmara Municipal de Amadora. Os manifestantes foram claros: “Casas sim – despejos não! Raposo na prisão!”
A manifestação percorreu ainda alguns símbolos de repressão contra as pessoas que tinham ousado entrar na luta contra a aliança entre a especulação imobiliária e a repressão policial.
Ao longo da manifestação foram distribuídos vários comunicados aos transeuntes, muitos dos quais mostraram a sua simpatia quando se conseguiu estabelecer uma ponte entre os seus problemas de reformado, desempregado, precário e o problema de sobrevivência das famílias africanas vítimas da agressão do PS na Câmara Municipal de Amadora. Talvez seja essa ideia de união concreta de quem vive na miséria um caminho importante a seguir.
"No passado dia 24 de Novembro, a câmara da Amadora voltou... voltou a deixar famílias na rua sem qualquer alternativa. Na assembleia da Câmara Municipal da Amadora, alguns moradores falaram mais alto, e apresentaram os seus casos e a sua posição, estes foram os primeiros a serem reprimidos e a ficarem sem casa.
Marcamos esta marcha, contra a violência perpretada na Amadora, pelo próprio poder político, a sua assembleia, a sua presidente, o seu partido, a sua polícia, as sua...s empresas, os seus empreiteiros, os seus bancos. Atados numa teia de corrupção entre fundos europeus, empreiteiros bem conhecidos, presidentes de assembleia que já foram acusados de vários crimes de corrupção, e bancos que deviam estar falidos, e aproveitam para sugarem um pouco que podem dos mais pobres, dos mais desesperados.
Juntamo-nos para repudiar este nojo. Os meios de comunicação estão do lado deles, a polícia vem com os bastões, e na assembleia ameaçam-nos. A perseguição na Amadora é política, é uma preseguição a toda a gente que luta pela dignidade de uma casa, pela dignidade de gritar pela sua própria dignidade."
O dia 29 de novembro é o Dia Internacional de solidariedade com o povo palestiniano. Aproveitamos esta data para comemorar uma das mais recentes vitórias da campanha internacional de BOICOTE-DESINVESTIMENTO-SANÇÕES em Portugal.
UMA VITÓRIA DA BDS - A WORTEN RETIRA PRODUTOS SODASTREAM DAS SUAS LOJAS Em Setembro de 2014, o Comité de Solidariedade com a Palestina iniciou uma campanha contra a venda da SodaStream em Portugal, enviando cartas às duas empresas que comercializavam esse produto, a Auchan e a Worten.
Na nossa carta, alertávamos para o facto de o principal ponto de produção da SodaStream estar situado junto ao colonato Ma'ale Adomim, na Cisjordânia ocupada e de os terrenos para a sua construção terem sido obtidos através da expulsão de várias famílias beduínas. Referíamos que uma segunda fábrica já tinha sido construída no deserto do Negev, de onde Israel planeava expulsar mais 70 mil beduínos.
Chamávamos também a atenção das empresas para a recente aprovação de normas pela União Europeia, incluindo o governo de Portugal, que condenam e desaconselham o financiamento de entidades israelitas e de actividades que incidam sobre os territórios palestinianos da Cisjordânia ou de Jerusalém Oriental.
A nossa carta terminava informando da existência da campanha internacional de Boicote-Desinvestimento-Sanções contra Israel desde 2005 e dando os exemplos da Staples norueguesa e da Ecostream britânica que tinham deixado de vender produtos SodaStream na sequência da campanha BDS de que tinham sido alvo. Dois meses depois, a Worten tinha retirado das suas lojas todos os produtos SodaStream.
Só podemos felicitar-nos por esta vitória e felicitar a Worten por ter sido sensível aos argumentos da BDS e por não ter querido tornar-se cúmplice da ocupação da Palestina ao comercializar produtos israelitas fabricados em colonatos.
Um vídeo postado nas redes sociais mostra um helicóptero militar dos EUA tipo AH-64 Apache, guardando um comboio de veículos blindados do grupo terrorista Estado Islâmico em território sírio. A informação foi divulgada domingo pela agência de notícias News Hour e mostra uma caravana de mais de 200 caminhões da Toyota se movendo ao longo de uma estrada, em um lugar não especificado na Síria. O helicóptero de ataque dos EUA é visto no vídeo sobrevoando a caravana a uma altitude muito baixa, mas nenhum dos veículos do grupo terrorista, muitos deles equipados com armas pesadas, atacou o helicóptero. Durante meses, vários políticos, parlamentares e organizações sociais têm acusado repetidamente as forças militares que compõem a alegada coligação anti-terrorista internacional liderada pelos Estados Unidos de armar e proteger os grupos extremistas armados que operam na Síria e no Iraque. As operações aéreas dessa coalizão militar começaram no dia 08 de agosto de 2014, e é composta por Austrália, Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Jordânia, Países Baixos, Reino Unido e Estados Unidos, que conta também com o apoio de aeronaves de Bahrain, Canadá, Jordânia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Até o momento eles têm executado mais de 7.870 supostos ataques contra grupos do Estado Islâmico na Síria e no Iraque, a um custo de mais de 4.750 milhões de euros, para uma média de cerca de 11 milhões por dia, de acordo com relatórios do Departamento de Defesa. Em mais de um ano, os ataques deste grupo internacional liderado por Washington não conseguiram enfraquecer os grupos terroristas que operam no Levante, em contraste com o desempenho da aviação de combate russos na Síria.Em menos de dois meses, a Força Aeroespacial Russa, em cooperação com a aviação de combate síria destruiu mais de 40 por cento da infra-estrutura dos grupos terroristas do Estado Islâmico, frente Al-Nusra e outras organizações como Takfiris segundo fontes de Moscou. Traduzido para publicação em dinamicaglobal.wordpress.comFonte: Almanar
Vários ataques ao longo da tarde e noite parisiense figérom 128 vítimas mortais nesta sexta-feira e deixárom 80 pessoas à beira da morte.
Umha sucessom de tiroteios com armas automáticas e explosons de bombas em diferentes pontos da capital francesa provocárom um número de vítimas ainda indeterminado, que nom parou de crescer ao longo da tarde e da noite. O maior número de vítimas terá acontecido na sala de festas Bataclan, onde umhas 100 pessoas retidas como reféns por dous membros de um comando fôrom executadas antes de os assassinos serem também mortos por disparos da polícia francesa. Segundo testemunhos dos ataques na Rádio Galega, um dos atacantes gritou: "Vós matastes nossos irmaos na Síria, agora nos vimos ao vosso país para matar-vos a vós". Polo menos duas bombas, provavelmente ativadas por sucididas no centro de Paris, terám feito também um número indeterminado de mortes, bem como o tiroteio de locais públicos, nomeadamente restaurantes, enquanto a seleçom francesa de futebol jogava com a alemá no "Estádio de França", de onde o presidente Hollande tivo de ser evacuado num helicóptero militar. Ao total, o número oficialmente reconhecido é de 128, mas as 80 pessoas que nestes momentos estám à beira da morte provavelmente virám aumentar esses números. 8 pessoas atacantes resultárom também mortas. Umha situaçom de medo alastrou pola capital francesa à medida que se conheciam novos ataques e vítimas mortais, com o exército espalhado polas ruas e as fronteiras fechadas por ordem do presidente. Também foi declarado o estado de emergência, o que nom acontecia em França desde a guerra da Argélia. O país tem o acordo Schengen - que permite a (mais ou menos) livre circulaçom de pessoas no interior da Uniom Europeia - suspens, mas isso era já previsto precisamente entre 13 de novembro e 11 de dezembro, em relaçom à Cimeira do Clima que acontecerá em Paris no início de dezembro. O exército foi disposto por todo o território francês. O estado de emergência facilita à polícia realizar detençons, mesmo sem autorizaçons judiciais. Independentemente do curto prazo, no médio e longo prazo o acontecido em Paris vai ser usado, provavelmente, polas autoridades burguesas francesas e europeias para dar um passo em frente face ao estado policial e pola direita extrema europeia para acelerar, mais ainda, o seu crescimento. Um acampamento de pessoas refugiadas provenientes de vários países africanos - Sudám, principalmente - em Calais, a conhecida como 'Selva' de Calais, sofria um incêndio que, de partida, foi atribuído a umha vingança fascista. No entanto, segundo vários meios entre os quais TeleSur, o fogo no acampamento nom terá relação com os ataques em Paris e sim terá acontecido já na noite de quinta para sexta-feira passadas. No incêndio nom houvo vítimas mortais entre essas 6,000 pessoas que moram em condiçons subumanas no coraçom da Europa. ISIS reivindica os ataques O principal grupo terrorista que dirige a guerra contra o governo sírio, o chamado Estado Islámico, terá reivindicado os ataques de Paris, segundo a agência ANSA, anunciando próximos episódios similares noutras capitais da Europa. Por seu turno, Nicolas Sarkozy apelou a umha resposta em chave bélica ao que considera "declaraçom de guerra contra França", com umha declaraçom "a quente" que lembra a do presidente norte-americano George W. Bush logo a seguir aos ataques às torres gémeas, que dérom passagem à invasom do Iraque. Será que França e outras potências imperialistas procuram argumentos para a intervençom guerreirista aberta na Síria? Provavelmente essa e outras incógnitas colocadas polos mais recentes ataques de Paris irám ter resposta em breve prazo...
Quem se beneficia com os atentados em Paris ?
A super policiada cidade de Paris foi atingida, nesta sexta-feira à noite, por sete atentados terroristas que deixaram um saldo de mais de uma centena de mortes e mais de duzentos feridos.
Além do Estádio da França, onde acontecia o jogo amistoso entre as seleções da Alemanha e da França, foram atingidos outros locais que, normalmente, não seriam alvos, como um restaurante na Rua Alibert.
A casa de espetáculos Bataclan, onde mais de 100 pessoas eram mantidas reféns por pretensos terroristas, foi invadida pela polícia deixando um saldo de, pelo menos, 70 mortos.
O presidente francês, François Hollande, do PSF (Partido Socialista), declarou o estado de emergência nacional e fechou as fronteiras.
Estes atentados aconteceram no mesmo ano, e nos mesmos moldes, dos atentados terroristas contra a revista ligada à extrema-direita, Charlie Hebdo, do início deste ano. Segundo as informações oficiais, divulgadas pela imprensa burguesa, os responsáveis, por ambos atentados, teriam ligações com os militantes islâmicos radicais que atuam no Oriente Médio. Mas, da mesma maneira que aconteceu com vários outros atentados terroristas, como os do 11 de setembro de 2001, as evidências que apareceram nos vídeos parecem desmentir as versões oficiais. No caso Hebdo, os terroristas gritaram “Allah Akbar!”, ou “vingadores de Mohammed”, e falaram, em bom francês, que eram membros da Al-Qaeda. Mas eles, ao invés de destruírem os materiais da Revista, que eram muito ofensivos, se dedicaram a matar pessoas e até a disparar contra um policial que estava ferido no chão. Sem terem completado o objetivo e sem mostrar interesse em se tornar mártires, os terroristas fugiram rapidamente da polícia. Esses “militantes” demonstraram conhecimento militar e não estavam vestidos como jihadistas, mas como comandos militares.
Consequência 1: fortalecimento da extrema-direita
A Frente Nacional continua se fortalecendo eleitoralmente, com a possibilidade de ganhar num distrito e ainda de passar ao segundo turno nas próximas eleições que acontecerão em 2016.
A crise do regime político aumenta na França, na Europa e em escala mundial conforme a crise capitalista avança. Na Alemanha, o grupo nazista reciclado AfD tem capitalizado a crise do governo de Grande Coalizão de Angela Merkel sobre a questão dos refugiados.
O Partido Socialista Francês se encontra em franca crise e sob a pressão dos monopólios que, perante a queda dos lucros, exigem a adoção de medidas mais duras tanto em relação à política doméstica como em relação à política exterior.
Os atentados contra a Revista Charlie Hebdo foram usados pela Frente Nacional para impulsionar uma campanha contra os imigrantes, principalmente, contra os que têm como origem as ex-colônias francesas do norte da África e os do Oriente Médio. A nova extrema-direita europeia tenta se distanciar do fascismo “clássico”, mas basta trocar imigrante islâmico para judeu que as diferenças ficam muito pequenas.
O ex-presidente francês, Nicolas Sarkozy, tenta impulsionar a reciclagem do direitista UMP (União por um Movimento Popular), que foi rebatizado como “Os Republicanos”. Sarkozy derrotou a ala de extrema-direita que atuava dentro da UMP, liderada por Jean-François Copé. Mas, da mesma maneira que tentou fazer em 2012, quando foi derrotado por François Hollande do PSF, agora ele mesmo tenta se apoderar de algumas das bandeiras da extrema-direita.
Em 2012, a burguesia imperialista apostou na saída social-democrata. Após Hollande ter vencido as eleições presidenciais, o PSF ganhou a maioria no Parlamento. Hollande tentou colocar em prática uma política de “crescimento”, mas acabou desistindo rapidamente, devido ao grau da crise, e ele mesmo se tornou um dos líderes da chamada “austeridade”. Perante a pressão dos monopólios, no mês de abril do ano passado, Hollande empossou o elemento da ala direita do PSF e então ministro do Interior, Manuel Valls, como primeiro-ministro. Desde lá, os ataques contra os trabalhadores têm escalado, embora ainda não na medida que a burguesia gostaria.
Consequência 2: mais repressão interna
No mês de agosto de 2015, o Parlamento francês aprovou uma lei antiterrorista que permite ao governo investigar os cidadãos franceses da mesma maneira que o faz a NSA (Agência Nacional de Segurança) norte-americana. A resistência contra a aplicação da Lei tem sido muito grande, da mesma maneira que o tem sido contra os ataques que tentam liquidar com o chamado “estado de bem-estar social”. É evidente que esses ataques terroristas servem para criar o clima favorável para aplicar essa Lei, exatamente que foi feito durante a Administração de George Bush Jr. em 2001, com o chamado Ato Patriótico, a partir do qual o imperialismo norte-americano passou a impor a aprovação de leis antiterroristas similares em escala mundial.
A democracia tem um caráter de classe e está a serviço da classe que está no poder. A democracia burguesa atual está a anos luz da democracia do século XIX. É uma democracia cada vez mais fascistoide, que ataca em cheio os direitos e liberdades mais elementares.
Na Europa, até os governos mais direitistas europeus são muito mais tolerantes em relação às liberdades democráticas que as caricaturas de democracia que temos na maioria dos países da América Latina, e nos demais países atrasados, a começar pelo Brasil. E o objetivo é justamente aumentar o aperto geral contra as massas.
O Conselho de Defesa, presidido por Hollande, rapidamente aprovou o reforço dos controles para conter a ação dos terroristas franceses que estão retornando do Oriente Médio. De um suposto total de 1.800, 300 já teriam retornado.
Por meio da criação de uma comoção social, o objetivo é provocar uma divisão sectária entre os muçulmanos franceses e não-muçulmanos. No caso do Charlie Hebdo, que tinha se tornado um especialista em provocações anti-muçulmanas, a manobra foi impor a condenação do ataque sem mais, pois isso levaria os muçulmanos da França a ficarem a reboque da política xenofóbica (ódio aos estrangeiros) da Revista ou a colocarem como cúmplices dos assassinos. Agora, o objetivo é facilitar a imposição da Lei Antiterrorista, os ataques contra o “estado de bem-estar social” e o aumento das ações militares do imperialismo francês no exterior.
Ações similares têm sido bastante comuns, além dos atentados contra as Torres Gêmeas de 2001. Essa política se acentuou na década de 1990 com a guerra imperialista contra a antiga Iugoslávia. Na própria França, os serviços de inteligência fizeram testes de certas drogas sobre a população civil e apoiaram a organização terrorista OAS para tentar assassinar o então presidente Charles de Gaulle.
Em 6 de Fevereiro de 2014, os ministros do Interior da Alemanha, dos Estados Unidos, da França, da Itália, da Polónia e do Reino Unido estabeleceram que o retorno dos “jihadistas” europeus era uma questão de segurança nacional.
A chamada “guerra ao terror” representa uma cobertura para favorecer os lucros da guerra do monopólios, a começar pelo chamado complexo industrial-militar, do qual participam, em alguma medida, todas as grandes empresas. A propaganda demagógica diz que o objetivo seria “libertar” a humanidade da ameaça do “terrorismo”.
No Brasil, que não vive numa ilha da fantasia, mas que se encontra num continente controlado a ferro e fogo pelo imperialismo norte-americano, acabou de ser aprovada uma lei-antiterrorista. E quem é o alvo? O praticamente inexistente terrorismo ou os movimentos sociais? Os terroristas ou os trabalhadores que deverão entrar em movimento no próximo período contra a crise capitalista?
Consequência 3: Oriente Médio
Um dos componentes fundamentais dos atentados terroristas é favorecer uma ação mais ampla para “combater o terrorismo” na “fonte”, no Oriente Médio e no Sahel, a região localizada ao sul do Deserto do Saara.
O imperialismo busca atuar de maneira mais contundente no Oriente Médio devido à necessidade de controlar o petróleo e o gás, e evitar o avanço “exagerado” da Rússia, da China e do Irã. Também está em jogo a construção e operação de vários gasodutos que levam e levarão gás à Europa; o lucrativo negócio da venda de armas e equipamentos de segurança; o controle do tráfego de drogas, tanto na produção (Afeganistão) como no transporte a partir do Sudeste Asiático.
O chamado Novo Caminho da Seda Chinês deverá facilitar o comércio entre a China e a Europa por meio de rotas mais rápidas e diversas. Vários países da Ásia e do Oriente Médio, fornecedores de matérias-primas, serão incluídos. O imperialismo francês, por meio de uma atuação mais forte na região, poderá abocanhar uma fatia maior do bolo.
A aliança entre a China e a França, alinhada com a política de Obama para o Oriente Médio, não implica na inexistência de contradições. Por causa do aprofundamento da crise capitalista mundial, as alianças têm se tornado cada vez mais fluídas, uma espécie de política de “salve-se quem puder” num ninho de cobras, um vale tudo para salvar os lucros dos monopólios. E vale lembrar que por trás do imperialismo francês se encontram os alemães, com quem atuam em estreita frente única desde o final da Segunda Guerra Mundial. Ambos enfrentam o acelerado aprofundamento da crise capitalista.
Até o momento, o acirramento das contradições têm acontecido entre as potências imperialistas e as potências regionais. Para o próximo período, está colocado o acirramento das contradições entre as potências imperialistas, principalmente se a crise levar alas da extrema-direita ao poder. O Oriente Médio é um dos palcos onde o imperialismo norte-americano alocou um imenso poderio militar, mas também onde as contradições sempre, na história, têm escalado.
O Estado Islâmico, e até a al-Qaeda, aparece como um grupo relativamente inofensivo comparado à ação das potências imperialistas e da reação do Oriente Médio, uma cobertura para as ações dessas potências na região.
Hoje, a chamada operação Chammal, da França no Oriente Médio, conta com 12 caças bombardeiros, baseados nos Emirados Árabes Unidos e na Jordânia. Há também uma fragata e mais de mil soldados e marinheiros. No início deste mês, Hollande ordenou a entrada em ação do porta-aviões Charles de Gaulle e de vários outros navios de guerra. Agora, como a maioria dos atacantes teriam sido guerrilheiros islâmicos na Síria, o governo francês deverá ampliar a atuação “preventiva” na Síria e no Iraque.
Os interesses do imperialismo francês não se restringem ao Oriente Médio. No chamado Sahel, as operações dos franceses tem como eixo o Mali, onde atuam com três mil soldados, 200 blindados, seis caçabombardeiros, dez aviões de transporte e três drones. E se estende aos países vizinhos. A França depende dessas antigas colônias para o fornecimento de matérias-primas vitais como urânio, em primeiro lugar, do qual depende a indústria nuclear francesa. O urânio existe fundamentalmente no Níger, um país vizinho do Mali e altamente desestabilizado pela crise neste país.
Pelo interesses envolvidos e pela ação dos principais partidos ligados ao regime político francês é perceptível que os atentados tiveram por trás os interesses dos monopólios que buscam desesperadamente salvar os lucros da crise passando a conta para os próprios trabalhadores e para os povos oprimidos.
Alejandro Acosta é cientista social, colaborador do Diário Liberdade e escreve para seu blog pessoal.
Ações do “Rise Up October” em Nova Iorque dizem: Fim ao terror policial! 26 de outubro de 2015. Serviço Noticioso Um Mundo A Ganhar.
O seguinte artigo baseia-se principalmente em artigos da edição de 26 de outubro do Revolution (revcom.us), jornal do Partido Comunista Revolucionário, EUA.
Três dias de ações para exigir o fim do terror policial terminaram com uma manifestação de milhares de pessoas a 24 de outubro pelas ruas de Manhattan. Os manifestantes gritaram “Fim ao terror policial!” e puseram às pessoas de toda a sociedade norte-americana a pergunta: “De que lado estás?” – do lado do estado e da polícia que o serve, ou do lado dos mais de 875 afro-americanos, latino-americanos, nativos americanos e outras pessoas que a polícia matou até agora este ano – cerca de três por dia.
As ações começaram a 22 de outubro na Times Square, o centro simbólico de Nova Iorque. Mais de 30 familiares e representantes de pessoas cujas vidas foram roubadas pela polícia participaram numa concentração onde artistas, intelectuais proeminentes e outras vozes de consciência leram os nomes de milhares de pessoas assassinadas pela polícia durante a última década. Os familiares contaram as histórias das vítimas e entregaram a sua presença moral e física ao projeto No More Stolen Lives/Say Their Name [Não Mais Vidas Roubadas/Digam os Nomes Deles].
Nessa tarde, várias centenas de pessoas concentraram-se e marcharam pelo município nova-iorquino de Brooklyn para marcar o Dia Nacional de Protesto pelo Fim da Brutalidade Policial, da Repressão e da Criminalização de Uma Geração, uma campanha em progresso iniciada há 20 anos. Entre elas estavam familiares de pessoas mortas pela polícia em Nova Iorque e noutras cidades e estudantes do ensino secundário. Um estudante disse: “Isto é algo em que eu não tinha pensado muito, mas que devia, é um enorme problema”. Um outro disse: “O que está a acontecer aos negros é genocídio”. Também havia estudantes universitários e muitas outras pessoas, entre as quais um grupo de pessoas que vieram juntas de uma agência de serviço social que trabalha com pessoas com SIDA e com os sem-abrigo. Cerca de meia dúzia de pessoas transgénero vieram em grupo. Havia uma faixa que expressava solidariedade com a luta do povo palestino.
Outras ações do Dia Nacional de Protesto tiveram lugar em Chicago, Cleveland, Seattle, Los Angeles e Houston, entre outras cidades de que há relatos até agora.
A 23 de outubro, cerca de cem manifestantes juntaram-se a 17 pessoas que tinham bloqueado a entrada da infame prisão da Ilha de Rikers, “uma câmara de tortura e uma prisão de devedores” onde milhares de pessoas são detidas durante meses e anos – uma média de
Eve Ensler, Carl Dix, Cornel West e Quentin Tarantino com familiares de vítimas na manifestação de 24 de outubro. (Foto: twitter.com/tuneintorevcom)
14 mil pessoas a cada noite – frequentemente porque não conseguem pagar uma fiança em dinheiro para serem libertadas enquanto estão à espera de julgamento por delitos menores. Eles gritaram “Rikers, Rikers, fechem isto” e o nome de Kalief Browder, um jovem de 16 anos que foi mantido em prisão solitária durante mais de dois anos por supostamente ter roubado uma mochila. Torturado pelos guardas, ele cometeu suicídio depois de ter saído da prisão. À frente das pessoas que faziam o protesto estavam fotos ampliadas de pessoas assassinados pela polícia, entre as quais 11 que morreram na Ilha de Rikers.
A manifestação do dia seguinte através de Manhattan começou com uma concentração na baixa da cidade. Carl Dix, representante do Partido Comunista Revolucionário e co-iniciador do “Rise Up October” [Levanta-te em Outubro] (juntamente com Cornel West), liderou a multidão gritando: “Sou um revolucionário!” West disse à multidão: “Façamos tudo o que pudermos para pôr fim ao horror da polícia a assassinar o nosso povo. E depois façamos ainda mais porque temos de pôr fim a isto.”
West, um proeminente teólogo, ativista e revolucionário cristão, como ele se autointitula, desafiou as pessoas: “Quando se ama as pessoas, odeia-se que elas estejam a ser maltratadas!” A dramaturga Eve Ensler (autora de Os Monólogos da Vagina) declarou: “Eu estou cansada de viver num país onde a violência do estado criou um estado de terror para as pessoas negras e castanhas, isto é inaceitável!”
Um grande número de familiares e representantes de vítimas de assassinatos policiais encabeçou milhares de outras pessoas à medida que marchavam pelo bairro residencial. Ao longo do percurso, partilharam a dor e a indignação deles e desafiaram todas as pessoas a
Carl Dix fala na concentração de 24 de outubro. (Foto: Eino Sierpe)
lutar. As pessoas desafiaram os ataques da polícia, que prendeu cinco pessoas perto do final da manifestação. Um contingente de várias centenas de jovens e outras pessoas levou a mensagem à Times Square. Seis deles foram presos.
O contingente #Say her name! [Diz o nome dela!] levava cartazes de mulheres assassinadas pela polícia e pelas autoridades prisionais. Fotos dos rostos de pessoas assassinadas pela polícia estavam por todo o lado, em cartazes e faixas – apelando à justiça e ao fim do horror. Os unitários exigiram justiça e os ativistas LGBT denunciaram a sádica brutalidade policial contra as pessoas transgénero. Havia uma impressionante mistura de todas as nacionalidades e de representantes de pessoas de todo o mundo. Havia um mar de cartazes: “Levanta-te! Fim ao terror policial!” O Clube Revolução apelou e serviu de exemplo do slogan “Combater o poder e transformar as pessoas, pela revolução.” Um grito irrompeu para cima e para baixo na 6ª Avenida: “Acusem, condenem, mandem os polícias assassinos para a prisão, todo o maldito sistema é culpado como o diabo.”
Vieram estudantes de todo o país. Um estudante de pós-graduação e professor disse ao Revolution: “Eles estão a matar os meus estudantes com um genocídio lento”. Vieram jovens e outras pessoas de comunidades de oprimidos, do leste, do sul e do centro, bem como de Nova Iorque. Um exemplo: um contingente de Waukegan, Ilinóis, representando a luta pela justiça para Justus Howell, um jovem de 17 anos assassinado pela polícia em abril passado, atingido duas vezes nas costas, e para todas as vítimas de assassinatos policiais.
Aspecto da manifestação de 24 de outubro. (Foto: revcom.us)
Os Universalistas Unitários (um grupo protestante) vieram da zona abastada do Upper West Side de Manhattan. Um contingente marchou partindo da igreja do Holy Ghost Upper Room Filling Station Ministry, na comunidade oprimida de Jamaica, Queens. Membros da Igreja Episcopal de St Mary, em Manhattanville, Nova Iorque, levavam uma faixa que declarava: “Não temos medo!” O realizador Quentin Tarantino disse: “Quando vejo um assassinato, não posso ficar quieto”.
No final da manifestação, Dix declarou: “Vocês devem sentir-se bem em relação ao que fizeram, mas não tão bem que estejam prontos a ir para casa, a darem palmadinhas nas vossas próprias costas e a regressarem à vida normal, porque o normal é a polícia a assassinar pessoas, sobretudo pessoas negras, latino-americanas e nativos americanos. Temos vindo a agir para acabar com isto e vamos avançar a partir de hoje.”
West e Dix apelam agora à organização de reuniões de planeamento de mais ações contra os assassinatos policiais, incluindo em três datas no fim de novembro e início de dezembro. “Irmãos e irmãs, companheiros resistentes”, diz o comunicado deles, “Você são magníficos. Vocês ergueram as vossas costas e podem inspirar milhões de outras pessoas. O espírito do Rise Up October tem de continuar a avançar – e esse espírito precisa de se tornar manifesto na luta e na organização.”
Hoje a partir das 15 h.s manifestação convocada pela CGTP em S.Bento. Em causa está a luta dos trabalhadores por melhores salários e condições de vida consumando o "despedimento" por justa causa do governo reacionário Passos/Portas.
"Milhares de antifascistas foram às ruas hoje [25 de outubro] em Colônia para se opor à proposta de demonstração do grupo HoGeSa, que significa "Hooligans contra os salafistas", que é uma organização nascida em 2014, incluindo vários apoiantes da extrema-direita alemã sob a bandeira da islamofobia e do racismo, de maneira similar a outro grupo mais famoso chamado Pegida (outra organização de extrema-direita que prega o combate a islamização do mundo ocidental).
Uma das primeiras manifestações públicas do HoGeSa ocorreu em Colônia, em outubro do ano passado, terminando com violentos confrontos. Nos últimos dias, a administração da cidade tinha decidido proibir a marcha para evitar problemas públicos, mas os hooligans mesmo assim se reuniram no lugar predeterminado, sem, todavia, poder desfilar pelas ruas de Colônia. Os ultras de extrema-direita se reuniram com slogans de islamofobia e exigindo o fechamento das fronteiras alemãs para milhares de refugiados que nos últimos meses seguem viajando para a Fortaleza Europa.
Para impedir que os neonazistas se manifestassem de maneira imperturbável, se convocou uma mobilização antifascista. Com um golpe de vista se percebia imediatamente a diferença entre os dois blocos: algumas centenas de pessoas (vindos de toda a Alemanha) para a marcha do HoGeSa, e mais de 10.000 antifascistas que saíram às ruas para combatê-los. Os confrontos se iniciaram quando os antirracistas e antifascistas bloquearam as entradas de uma estação para impedir que os militantes do HoGeSa chegassem à praça: a polícia atacou a marcha com cassetetes e hidrantes de água, em seguida, implementaram um numero impressionante de homens da polícia para escoltar e blindar o percurso dos neonazistas ao local. A manifestação antifa foi novamente atacada pela polícia, que também usou gás lacrimogêneo.
A manifestação antifascista continuou ainda ao longo da tarde gritando “Refugees Welcome” e “No Borders”, ante o enésimo fracasso das organizações de extrema-direita que tem diariamente semeado o ódio, o racismo e a islamofobia."
Comunicado do Comité Palestina acerca da presença em Lisboa do Jerusalém Quartet, grupo pretensamente cultural que está ao serviço do estado sionista .
Repudiamos a exibição do Jerusalem Quartet em Lisboa O presente comunicado é suscitado pela programação de um concerto do Jerusalem Quartet no próximo mês de Dezembro na Fundação Calouste Gulbenkian e insere-se na onda de protestos que surgem pelo mundo fora, de Nova Iorque a Edimburgo, contra este grupo que instrumentaliza a cultura ao serviço das políticas de opressão do Estado de Israel.
Por que se tornou o Jerusalem Quartet alvo da campanha internacional de BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções)?
Como todas as entidades e indivíduos financiados pelo Estado de Israel, o Jerusalem Quartet teve de assinar com o governo israelita um contrato que estipula: "O prestador do serviço tem consciência de que o objectivo de lhe encomendar serviços consiste em promover por via da cultura e da arte os interesses da política do Estado de Israel, incluindo a contribuição para criar uma imagem positiva para Israel".
Depois de terem servido o exército de ocupação israelita, os seus membros mantêm o estatuto oficial de "Destacados Músicos do Exército". "Dizem que somos os melhores embaixadores de Israel e nós estamos felizes por isso", disse um dos músicos, Kyril Zlotnikov, em 2006.
Ora, ser embaixador de Israel significa apoiar a colonização crescente do território da Palestina; significa justificar o roubo de terras, a destruição de casas e de infraestruturas, a expulsão de centenas de milhares de palestinianos e um regime de apartheid para os que ainda não foram expulsos. Ser embaixador de Israel implica ser cúmplice assumido dos seus crimes de guerra.
A cultura não pode ser separada da política quando neste caso artistas se põem tão prontamente ao dispor da política criminosa do Estado de Israel. Neste sentido, a Fundação Gulbenkian não se pode declarar neutra ao dar apoio a estes "embaixadores". Como diz o Arcebispo Desmond Tutu, Nobel da Paz sul-africano e apoiante da campanha BDS contra Israel, "ser-se neutro numa situação de injustiça é apoiar o opressor."
As actuações internacionais do Jerusalem Quartet são ocasiões nas quais Israel tenta legitimar a sua presença no seio da comunidade internacional de cientistas, artistas e intelectuais, não obstante prosseguir obstinadamente com a limpeza étnica, a discriminação e a negação do direito dos palestinianos à autodeterminação.
A Fundação Gulbenkian deveria ser particularmente sensível a estes factos, pois é legatária da estreita relação que Calouste Gulbenkian mantinha, e que a Fundação ainda mantém, com a comunidade arménia refugiada na Palestina, ela também fugida de um genocídio e, mais tarde, também vítima da colonização israelita. Fiel a esse espírito de solidariedade, a Fundação Calouste Gulbenkian apoiou nos anos 60 e 70, com generosos donativos, as populações palestinianas expulsas pelas guerras de expansão de Israel.
Seria condenável, numa altura em que o movimento internacional de boicote a Israel está a ganhar terreno, face às flagrantes violações da lei internacional e dos direitos humanos dos palestinianos, a Fundação passar a apoiar tacitamente um país cuja história é uma sucessão interminável de crimes de guerra. Assim, apelamos publicamente à Fundação Gulbenkian para que reflicta sobre as implicações de acolher em sua casa o Jerusalem Quartet e cancele o espectáculo até que Israel respeite a lei internacional.
A Associação Conquistas da Revolução vai comemorar o 40º Aniversário da Descolonização. realizando para o efeito uma iniciativa no Forum Romeu Correia em Almada no próximo dia 11 de Novembro .
"Julgamento de Mbarek Daoudi, preso politico saharaui . Amanhã, dia 27 de Outubro o Preso Politico Saharaui. Mbarek Daoudi será presente no tribunal de primeira instancia de Agadir para julgamento. Mbarek Daoudi encontra se preso desde Setembro de 2013, após ter denunciado e indicado a localização de valas comuns de cidadãos saharauis assassinados pelas autoridades marroquinas a organizações estrangeiras. Após esta denuncia, ele foi acusado de ter uma arma como, uma desculpa para a sua prisão. A arma em questão pertence â sua família e é uma herança do seu avô, não sendo disparada há décadas. Daoudi esteve detido mais de 18 meses , sem julgamento, numa cela superlotada com presos de delito comum, sem as condições básicas aceites internacionalmente. Foi vitima de tortura por várias vezes e condenado a 3 meses de prisão no inicio deste ano que teve que cumprir apesar, tendo sido novamente julgado passados os 3 meses com nova condenação tendo a sua data de libertação , Setembro de 2015, não sendo libertado e novo julgamento agendados para 27 de Outubro."
Realizaram-se hoje, dia 24 diversas iniciativas de repúdio das manobras militares da NATO envolvendo 36 mil militares, a decorrerem em Portugal, Espanha e Itália que se prolongarão até ao início do próximo mês. Manifestações que tiveram lugar no Porto, Setúbal e Lisboa sendo convocadas por diversas organizações como o CPPC, Intersindical entre outras... a presença de largas centenas de cidadãos contestando as práticas criminosas da NATO em vários pontos do planeta . Igualmente foi repudiada a recente aprovação em reunião no País de Gales em que os estados membros decidiram aumentar em 2% do PIB as despesas militares . Portugal, país que neste momento a atravessa uma forte crise económica, segundo os governantes vendidos fará face aos compromissos para com esta organização assassina. Ao mesmo tempo descurará a saúde, o ensino, as reformas como tem sido apanágio da governação da coligação de direita durante os últimos 4 anos .
Só a luta persistente dos povos poderá por em causa a NATO , dando passos no seu desmantelamento condição para alcançar uma paz duradora e respeito entre todas as nações.