CMA-J

Colectivo Mumia Abu-Jamal

Militares israelitas retiram palestinianos de Acampamento de protesto

 


Palestinianos tinham montado dezenas de tendas em local em que Israel anunciou que vai construir colonato.
As forças de segurança de Israel retiraram cerca de 100 palestinianos que montaram um acampamento na Cisjordânia, num terreno onde o Estado hebraico quer construir um colonato.
Apesar de o Supremo Tribunal ter dito que as forças israelitas não poderiam retirar o acampamento (pelo menos até uma decisão final, esperada dentro de uma semana), um porta-voz da polícia alega que o veredicto apenas dizia respeito às tendas e não aos seus ocupantes.
 
Para os palestinianos, o local é essencial para o seu futuro Estado, já que liga Jerusalém Oriental à Cisjordânia e como está na parte mais estreita do território, uma construção ali dividiria ainda a parte norte e sul do território.
 
Para Israel, este é o “corredor E1”, que liga o grande colonato de Ma'ale Adumim, na Cisjordânia, aos colonatos de Jerusalém-Leste.
 
A táctica dos palestinianos surpreendeu os israelitas. No fundo, fizeram o mesmo que alguns colonos judaicos, que estabelecem pequenos acampamentos com tendas ou pré-fabricados esperando receber mais tarde aprovação oficial para ali permanecer. Israel divide os colonatos em legais e ilegais (e tem ainda uma categoria à parte para os de Jerusalém Oriental e dos Montes Golã – a palavra que os designa em hebraico nem sequer é a mesma).
 
As cerca de 20 grandes tendas permanecem no local. Centenas de elementos das forças policiais levaram a cabo a evacuação durante a noite de sábado, depois de alguns manifestantes se recusarem a sair. “Toda a gente foi levada com cuidado sem quaisquer ferimentos entre responsáveis da polícia ou manifestantes”, disse o porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld. Não houve detenções.
Activistas palestinianos prometeram mais acampamentos em locais onde estão previstos outros colonatos israelitas. Estes são ilegais perante a lei internacional (mesmo a anexação de Jerusalém Leste e dos Montes Golã não é reconhecida por quase nenhum país do mundo) e a intenção do Governo de Benjamin Netanyahu construir mais colonatos provocou condenação até dos aliados mais próximos como os EUA.
 
Colonatos na campanha
Os colonatos são entretanto um assunto de campanha para as eleições de 22 de Janeiro, e Netanyahu tem-se apresentado como um grande defensor da presença judaica na Cisjordânia ocupada. Nota o diário israelita Ha’aretz que Netanyahu visitou pela primeira vez, na semana passada, um colonato remoto e distante, que não pertence a um dos principais blocos. Trata-se de Rechelim, estabelecido após a morte de duas israelitas em ataques palestinianos, em 1991. O campo ainda foi transformado num campo militar mas em 1994 recebeu autorização para se tornar um campo civil.
 
Na campanha uma série de responsáveis de partidos que deverão fazer parte do novo Governo defenderam mesmo a anexação de território da Cisjordânia, tal como foi feito com o de Jerusalém Oriental e com os Montes Golã.

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