Por RDA69
Têm surgido em órgãos de comunicação social diversas referências ao RDA69, ao GAIA e aos Ritmos de Resistência, que atribuem a estas associações e aos seus associados qualificativos como “radicais violentos”, “activistas anarquistas” ou “militantes perigosos”. Este conjunto de peças jornalísticas – nomeadamente as publicadas no Diário de Notícias e no Correio da Manhã – veicula várias informações falsas, com o intuito de criar um clima alarmista e permitir uma escalada repressiva contra os movimentos sociais.
Rejeitamos o processo de criminalização de indivíduos e grupos que integram o amplo movimento de contestação à austeridade e ao processo de devastação social em curso. Responsabilizamos o Governo e os defensores das imposições da troika pelas situações de violência ocorridas nas ruas das nossas cidades ao longo do último ano e meio. Confrontadas com uma resistência generalizada e uma gigantesca contestação popular, as autoridades desenvolvem uma grosseira encenação, em busca de bodes expiatórios, de maneira a encobrir o facto de se ter tornado insustentável o que ainda há pouco era apresentado como inevitável. O seu desespero é já um sinal da nossa força.
Repudiamos todas as tentativas de atribuir a uns poucos o que é da responsabilidade de todos. Somos tão radicais como os tempos que correm e o nosso único crime é a determinação com que continuaremos a resistir a todas as formas de injustiça e opressão. Violento é o desemprego e a exploração. Violenta é a miséria e a emigração forçada. Violenta é a ordem social que contestamos e a repressão que a sustenta.
Que se lixe a troika, queremos as nossas vidas.
SUBSCRITORES:
ADRIANO JORDÃO – Taberneiro, ALEXANDRE ABREU – Investigador e professor, ALEXANDRE SOUSA CARVALHO, ÁLVARO CARVALHO – Funcionário público, ANA ALCÂNTARA – Historiadora, ANA LUÍSA RAPOSO – Neurocientista, ANA NUNES – Professora desempregada, ANA SILVA – Desempregada, ANA VIRTUOSO – Licenciada em história, ANDRÉ CARMO – Geógrafo, ANDRÉ STUDER FERREIRA – Advogado, ANTÓNIO CUNHA – Empregado de escritório, ANTÓNIO PEDRO DORES – Prof. Universitário, ANTÓNIO GUTERRES – Estudos urbanos, ANTÓNIO LOURENÇO – Antropólogo, dirigente associativo, activista, ANTÓNIO SUBTIL – PSICÓLOGO, BERNARDINO ARANDA – Gerente comercial e dirigente associativo, BRUNO CARACOL – pintor, BRUNO LAMAS – Arquitecto, BRUNO PEIXE DIAS – Investigador, CARLOS GUEDES, CATARINA LEAL, CATARINA SIMOES – Artista Visual, realizadora, CRISTINA NUNES – Socióloga, DÉLIO FIGUEIREDO – Professor Desempregado, DIANA DIONÍSIO, DIANA GONÇALVES TOMÁS – Tarefeira, ELISA MONTEIRO BASTO – Professora desempregada, ELISABETE MARTINS – Bolseira de Pós-Doutoramento, GONÇALO DUARTE DE MENEZES RODRIGUES PENA, GONÇALO ZAGALO – Investigador, GUALTER BAPTISTA – Investigador, activista, FERNANDO ALVES – sociólogo, FERNANDO ANDRÉ ROSA – Sociólogo, formador, FERNANDO RAMALHO – Músico, FERNANDO SOUSA, FLÁVIO TRINDADE – Sonoplasta, FRANCISCO NOREGA – Desempregado, FRANCISCO PEDRO – Jornalista, GOLGONA ANGHEL – Copista, HELENA MARIA SILVA de ALMEIDA – Psicóloga, INÊS CAMPOS – Bailarina, INÊS GALVÃO – Antropóloga, INÊS BRASÃO – Professora do ensino politécnico, socióloga, INÊS MENESES, ISABEL BRANCO PIRES – Docente e Dirigente Sindical, ISABEL SOARES – Eng.ª de energias renováveis, JÉRÔME LECAT – Arquitecto, JOANA M. FERNANDES – Jornalista, JOANA LOPES – Reformada, JOANA PEREIRA – Desempregada, JOANA SOUSA – Bolseira de investigação, JOÃO BERNARDO – Escritor, JOÃO FERREIRA – Técnico de reintrodução da águia pesqueira em Portugal, JOÃO NUNES DE ALMEIDA, JOÃO SOBRAL – Arquitecto, JOÃO VALENTE AGUIAR – Sociólogo, JOSÉ CANELAS – Prof. tecnologias de informação – JOSÉ BARBOSA – Engenheiro Aeroespacial, JOSÉ CARLOS DA CUNHA SILVA ANDRÉ – Designer gráfico, JOSÉ FERREIRA – Bolseiro de Investigação, JOSÉ NEVES – Historiador e prof. Universitário, JOSÉ NUNO MATOS – Investigador, bolseiro, JOSINA ALMEIDA – Contratada na função pública, JÚLIA VILHENA – Arquitecta, HELENA DIAS, HELENA MARIA SILVA DE ALMEIDA – Psicóloga, HELENA ROMÃO – Musicóloga, HENRIQUE GIL, LIA NOGUEIRA – Restauradora, LAURA MARQUES, guardadora de vacas, LUHUNA CARVALHO – Cineasta, LUIS BERNARDO – Investigador bolseiro, LUIS FERREIRA, LUÍS FILIPE RIBEIRO - técnico de gás(reformado), MAFALDA GASPAR – Técnica Superior na Administração Pública, MANUEL CANÁRIO – Emigrante, MANUEL CANELAS – Engenheiro Técnico, MARA SÉ – Engenheira do Ambiente, MARÇAL ANT.º DAS NEVES C. ALVES – Engenheiro Civil, MARCOS CARDÃO – Licenciado em História, MARCUS VEIGA – Management/Direcção artística, MARGARIDA MADUREIRA, MARIA DO MAR FAZENDA – Curadora e Crítica de Arte, MARIA EMÍLIA LIMA COSTA – Prof. Universitária, MARIA JOÃO M. PIRES, MARIA MIRE – Artista Plástica, MARIANA AVELÃS – Tradutora, MARIANA SANTOS – Performer, MARINA GOES, MARTA LANÇA – Jornalista e produtora cultural, MARTA OLIVEIRA – técnica de serviço social, desempregada, MATILDE ALMEIDA – Marketeer, MIGUEL CARDOSO – Precário, professor e tradutor, MIGUEL CARMO – Engenheiro do Ambiente, MIGUEL CASTRO CALDAS – Dramaturgo e ensaísta, MIGUEL LOURO – Freelancer, MIGUEL SERRAS PEREIRA – Tradutor, MIGUEL SILVA GRAÇA – Arquitecto, NATIVIDADE CORREIA – Professora, NUNO BELCHIOR – Agricultor, NUNO BIO – Consultor , NUNO SERRA – Economista, NOBER SANDERS, ODAIR AUGUSTO MONTEIRO, PATRÍCIA DIAS DA SILVA – Professora de Comunicação, PAULA PEREIRA, PAULA GIL – Precária, PAULO BORGES – Prof. Universitário, PEDRO CEREJO – Bolseiro de investigação/ Tradutor, PAULO COIMBRA, PAULO JORGE VIEIRA – Geógrafo e Ativista LBGT, PEDRO LIMA, PEDRO MOURA – Musico, PEDRO NEMROD, PEDRO RITA – Advogado, RICARDO CASTELO BRANCO – Arquivista, Desempregado, Ativista, RICARDO LOUREIRO – Sociólogo/Ativista, RICARDO MALCATA ALVES – Professor, RICARDO NORONHA – Historiador, RICARDO TOBIAS LIMA – Especialista de Informática, RICARDO VENTURA – Investigador, RITA DELGADO – Professora, RITA DUARTE – ESTUDANTE e VOLUNTÁRIA, RITA VELOSO, Professora Universitária, RUI DUARTE – Produtor, RUI RUIVO – Desempregado e Hortelão, SALOMÉ COELHO – Psicóloga/ Direcção da UMAR, SANDRA PAIVA, Gestão de projectos , SARA BAGINHA – Bancária, SARA BOAVIDA – Gestora de Projectos, SARA DELGADO, SÉRGIO LAVOS – blogger do Arrastão, SHAWN BERLIN, SÍLVIA SILVA, SOFIA YU – Fotógrafa documental, SUSANA DELGADO DOS SANTOS – Editora Júnior, TERESA MORAIS SILVA – Professora, TERESA SILVA – Gestora de projectos de voluntariado, TIAGO AVÓ – Investigador/Bolseiro, TIAGO MOTA SARAIVA – Arquiteto, TIAGO MENDES – Webdesigner, TITO TEIXEIRA, YOURI PAIVA.
SUBSCRIÇÕES COLECTIVAS:
ASSEMBLEIA POPULAR DA GRAÇA E ARREDORES, ASSOCIAÇÃO CONTRA A EXCLUSÃO PELO DESENVOLVIMENTO (ACED), CASA DA HORTA – ASSOCIAÇÃO CULTURAL, COLETIVO DE SOLIDARIEDADE MUMIA ABU-JAMAL (CMA-J), GAIA – GRUPO DE ACÇÃO E INTERVENÇÃO AMBIENTAL, GRUPO TRANSEXUAL PORTUGAL, EXÉRCITO DE DUMBLEDORE, EDIÇÕES ANTIPÁTICAS, INDIGNADOS DE LISBOA, LIBERDADE 365, MOVIMENTO SEM EMPREGO, PAGAN, PANTERAS ROSA – FRENTE DE COMBATE À LESBIGAYTRANSFOBIA, PROJECTO270, RDA69, REVISTA RUBRA, RITMOS DA RESISTÊNCIA, UMAR – UNIÃO DE MULHERES ALTERNATIVA E RESPOSTA, UNIPOP, UNCUT PORTUGAL.
O RDA69 deseja ainda agradecer a todos os colectivos, blogues e pessoas que se solidarizaram através de textos próprios ou através da divulgação do comunicado.
Pessoas e colectivos que desejem acrescentar o seu nome a esta lista contactem por favor o RDA69 através de rdanjos69@gmail.com colocando “comunicado” ou “subscrição” no assunto do e-mail.
Rejeitamos o processo de criminalização de indivíduos e grupos que integram o amplo movimento de contestação à austeridade e ao processo de devastação social em curso. Responsabilizamos o Governo e os defensores das imposições da troika pelas situações de violência ocorridas nas ruas das nossas cidades ao longo do último ano e meio. Confrontadas com uma resistência generalizada e uma gigantesca contestação popular, as autoridades desenvolvem uma grosseira encenação, em busca de bodes expiatórios, de maneira a encobrir o facto de se ter tornado insustentável o que ainda há pouco era apresentado como inevitável. O seu desespero é já um sinal da nossa força.
Repudiamos todas as tentativas de atribuir a uns poucos o que é da responsabilidade de todos. Somos tão radicais como os tempos que correm e o nosso único crime é a determinação com que continuaremos a resistir a todas as formas de injustiça e opressão. Violento é o desemprego e a exploração. Violenta é a miséria e a emigração forçada. Violenta é a ordem social que contestamos e a repressão que a sustenta.
Que se lixe a troika, queremos as nossas vidas.
SUBSCRITORES:
ADRIANO JORDÃO – Taberneiro, ALEXANDRE ABREU – Investigador e professor, ALEXANDRE SOUSA CARVALHO, ÁLVARO CARVALHO – Funcionário público, ANA ALCÂNTARA – Historiadora, ANA LUÍSA RAPOSO – Neurocientista, ANA NUNES – Professora desempregada, ANA SILVA – Desempregada, ANA VIRTUOSO – Licenciada em história, ANDRÉ CARMO – Geógrafo, ANDRÉ STUDER FERREIRA – Advogado, ANTÓNIO CUNHA – Empregado de escritório, ANTÓNIO PEDRO DORES – Prof. Universitário, ANTÓNIO GUTERRES – Estudos urbanos, ANTÓNIO LOURENÇO – Antropólogo, dirigente associativo, activista, ANTÓNIO SUBTIL – PSICÓLOGO, BERNARDINO ARANDA – Gerente comercial e dirigente associativo, BRUNO CARACOL – pintor, BRUNO LAMAS – Arquitecto, BRUNO PEIXE DIAS – Investigador, CARLOS GUEDES, CATARINA LEAL, CATARINA SIMOES – Artista Visual, realizadora, CRISTINA NUNES – Socióloga, DÉLIO FIGUEIREDO – Professor Desempregado, DIANA DIONÍSIO, DIANA GONÇALVES TOMÁS – Tarefeira, ELISA MONTEIRO BASTO – Professora desempregada, ELISABETE MARTINS – Bolseira de Pós-Doutoramento, GONÇALO DUARTE DE MENEZES RODRIGUES PENA, GONÇALO ZAGALO – Investigador, GUALTER BAPTISTA – Investigador, activista, FERNANDO ALVES – sociólogo, FERNANDO ANDRÉ ROSA – Sociólogo, formador, FERNANDO RAMALHO – Músico, FERNANDO SOUSA, FLÁVIO TRINDADE – Sonoplasta, FRANCISCO NOREGA – Desempregado, FRANCISCO PEDRO – Jornalista, GOLGONA ANGHEL – Copista, HELENA MARIA SILVA de ALMEIDA – Psicóloga, INÊS CAMPOS – Bailarina, INÊS GALVÃO – Antropóloga, INÊS BRASÃO – Professora do ensino politécnico, socióloga, INÊS MENESES, ISABEL BRANCO PIRES – Docente e Dirigente Sindical, ISABEL SOARES – Eng.ª de energias renováveis, JÉRÔME LECAT – Arquitecto, JOANA M. FERNANDES – Jornalista, JOANA LOPES – Reformada, JOANA PEREIRA – Desempregada, JOANA SOUSA – Bolseira de investigação, JOÃO BERNARDO – Escritor, JOÃO FERREIRA – Técnico de reintrodução da águia pesqueira em Portugal, JOÃO NUNES DE ALMEIDA, JOÃO SOBRAL – Arquitecto, JOÃO VALENTE AGUIAR – Sociólogo, JOSÉ CANELAS – Prof. tecnologias de informação – JOSÉ BARBOSA – Engenheiro Aeroespacial, JOSÉ CARLOS DA CUNHA SILVA ANDRÉ – Designer gráfico, JOSÉ FERREIRA – Bolseiro de Investigação, JOSÉ NEVES – Historiador e prof. Universitário, JOSÉ NUNO MATOS – Investigador, bolseiro, JOSINA ALMEIDA – Contratada na função pública, JÚLIA VILHENA – Arquitecta, HELENA DIAS, HELENA MARIA SILVA DE ALMEIDA – Psicóloga, HELENA ROMÃO – Musicóloga, HENRIQUE GIL, LIA NOGUEIRA – Restauradora, LAURA MARQUES, guardadora de vacas, LUHUNA CARVALHO – Cineasta, LUIS BERNARDO – Investigador bolseiro, LUIS FERREIRA, LUÍS FILIPE RIBEIRO - técnico de gás(reformado), MAFALDA GASPAR – Técnica Superior na Administração Pública, MANUEL CANÁRIO – Emigrante, MANUEL CANELAS – Engenheiro Técnico, MARA SÉ – Engenheira do Ambiente, MARÇAL ANT.º DAS NEVES C. ALVES – Engenheiro Civil, MARCOS CARDÃO – Licenciado em História, MARCUS VEIGA – Management/Direcção artística, MARGARIDA MADUREIRA, MARIA DO MAR FAZENDA – Curadora e Crítica de Arte, MARIA EMÍLIA LIMA COSTA – Prof. Universitária, MARIA JOÃO M. PIRES, MARIA MIRE – Artista Plástica, MARIANA AVELÃS – Tradutora, MARIANA SANTOS – Performer, MARINA GOES, MARTA LANÇA – Jornalista e produtora cultural, MARTA OLIVEIRA – técnica de serviço social, desempregada, MATILDE ALMEIDA – Marketeer, MIGUEL CARDOSO – Precário, professor e tradutor, MIGUEL CARMO – Engenheiro do Ambiente, MIGUEL CASTRO CALDAS – Dramaturgo e ensaísta, MIGUEL LOURO – Freelancer, MIGUEL SERRAS PEREIRA – Tradutor, MIGUEL SILVA GRAÇA – Arquitecto, NATIVIDADE CORREIA – Professora, NUNO BELCHIOR – Agricultor, NUNO BIO – Consultor , NUNO SERRA – Economista, NOBER SANDERS, ODAIR AUGUSTO MONTEIRO, PATRÍCIA DIAS DA SILVA – Professora de Comunicação, PAULA PEREIRA, PAULA GIL – Precária, PAULO BORGES – Prof. Universitário, PEDRO CEREJO – Bolseiro de investigação/ Tradutor, PAULO COIMBRA, PAULO JORGE VIEIRA – Geógrafo e Ativista LBGT, PEDRO LIMA, PEDRO MOURA – Musico, PEDRO NEMROD, PEDRO RITA – Advogado, RICARDO CASTELO BRANCO – Arquivista, Desempregado, Ativista, RICARDO LOUREIRO – Sociólogo/Ativista, RICARDO MALCATA ALVES – Professor, RICARDO NORONHA – Historiador, RICARDO TOBIAS LIMA – Especialista de Informática, RICARDO VENTURA – Investigador, RITA DELGADO – Professora, RITA DUARTE – ESTUDANTE e VOLUNTÁRIA, RITA VELOSO, Professora Universitária, RUI DUARTE – Produtor, RUI RUIVO – Desempregado e Hortelão, SALOMÉ COELHO – Psicóloga/ Direcção da UMAR, SANDRA PAIVA, Gestão de projectos , SARA BAGINHA – Bancária, SARA BOAVIDA – Gestora de Projectos, SARA DELGADO, SÉRGIO LAVOS – blogger do Arrastão, SHAWN BERLIN, SÍLVIA SILVA, SOFIA YU – Fotógrafa documental, SUSANA DELGADO DOS SANTOS – Editora Júnior, TERESA MORAIS SILVA – Professora, TERESA SILVA – Gestora de projectos de voluntariado, TIAGO AVÓ – Investigador/Bolseiro, TIAGO MOTA SARAIVA – Arquiteto, TIAGO MENDES – Webdesigner, TITO TEIXEIRA, YOURI PAIVA.
SUBSCRIÇÕES COLECTIVAS:
ASSEMBLEIA POPULAR DA GRAÇA E ARREDORES, ASSOCIAÇÃO CONTRA A EXCLUSÃO PELO DESENVOLVIMENTO (ACED), CASA DA HORTA – ASSOCIAÇÃO CULTURAL, COLETIVO DE SOLIDARIEDADE MUMIA ABU-JAMAL (CMA-J), GAIA – GRUPO DE ACÇÃO E INTERVENÇÃO AMBIENTAL, GRUPO TRANSEXUAL PORTUGAL, EXÉRCITO DE DUMBLEDORE, EDIÇÕES ANTIPÁTICAS, INDIGNADOS DE LISBOA, LIBERDADE 365, MOVIMENTO SEM EMPREGO, PAGAN, PANTERAS ROSA – FRENTE DE COMBATE À LESBIGAYTRANSFOBIA, PROJECTO270, RDA69, REVISTA RUBRA, RITMOS DA RESISTÊNCIA, UMAR – UNIÃO DE MULHERES ALTERNATIVA E RESPOSTA, UNIPOP, UNCUT PORTUGAL.
O RDA69 deseja ainda agradecer a todos os colectivos, blogues e pessoas que se solidarizaram através de textos próprios ou através da divulgação do comunicado.
Pessoas e colectivos que desejem acrescentar o seu nome a esta lista contactem por favor o RDA69 através de rdanjos69@gmail.com colocando “comunicado” ou “subscrição” no assunto do e-mail.
Acerca dos projectos do governo sobre
crédito à habitação o coletivo Habita divulgou o comunicado seguinte
20 de
Setembro de 2012
Comunicado
n°9Estando a decorrer no Parlamento a discussão sobre o crédito à habitação, cuja votação se prevê para breve, o Habita – Colectivo pelo direito à habitação e à cidade, considera que o projecto de lei, apresentado a semana passada pelos partidos da coligação governamental (PSD e CDS-PP), relativo à situação das famílias que deixaram de conseguir pagar os seus créditos à habitação constitui um sinal muito preocupante de que o governo não pretende assumir as suas responsabilidades.
Alertamos para os seguintes aspectos
gravosos do projecto em discussão:
- em muitos casos, a entrega da casa não implicará a liquidação da dívida;
- em vários aspectos, o projecto remete para a negociação com a banca e obriga à reavaliação do valor da habitação, o qual só terá validade se a entidade bancária estiver de acordo com o seu valor. O que coloca por inteiro o poder de decisão nas mãos da banca, deixando as famílias numa posição muito desigual para negociar o quer que seja;
- as medidas vão no sentido da constituição de novas dívidas, ou do seu agravamento, em consequência da renegociação e do aumento do spread, agravando sobretudo as condições de vida das famílias com maior fragilidade económica;
- quem estiver perante a situação de perder a habitação não tem alternativas viáveis que não firam a sua dignidade.
Como temos vindo a reafirmar, a habitação, mais do que uma mercadoria é um bem fundamental à vida e um direito, constitucionalmente consagrado (artº 65º CRP). Por isso, defendemos que:
- Não pode haver despejos sem alternativas dignas para as famílias;
- A entrega da casa ao banco deve liquidar a dívida, tal como acontece em outros países, como os EUA ou a Islândia;
- Que as pessoas, não podendo pagar o seu empréstimo devido à deterioração da sua situação económica, e não tendo qualquer alternativa habitacional digna, tenham a possibilidade de se manter na mesma casa, como arrendatários, pagando um valor que não ultrapasse 30% do seu rendimento;
- Nas contratualizações em que seja necessário avaliações, estas devem ser feitas por entidades independentes e não pela banca.
Imagem da grande manifestação na cidade do Porto |
Face á surdez deste governo, urge não desarmar e intensificar a luta .
Todos deveríamos ter direito a quatro paredes e a um tecto, sem ter medo que o dia de amanhã acabe na rua.ANA SANTOS/ DIOGO DORIA |
"Alunos finalistas de Design de Comunicação da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa concluiram ontem a colagem de fotos de rostos de moradores/as do Bairro de Santa Filomena nas casas que a Câmara Municipal de Amadora (CMA) pretende demolir.
São dez fotos em grande formato. Em oito delas são apresentadas as declarações que compõem o Art.º 65 da Constituição da República Portuguesa, que começa por afirmar: Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar. Como explicam Ana Santos e Diogo Doria, na apresentação do seu projecto final de curso, este trabalho teve como objectivo principal atribuir um rosto e uma voz aos moradores do Bairro de Santa Filomena que se vêem perante um futuro incerto a curto-prazo. Há rostos que têm de ser vistos, pessoas que vivem em cada uma das casas que vão sendo destruídas e que merecem ser ouvidas.
Lembramos que os/as moradores/as estão a ser
ameaçados de desalojamento sem que sejam apresentadas soluções alternativas.
Como denunciou o Colectivo Habita, nos dias 26 e 27 de Julho, a CMA desalojou
vários/as moradores/as e as suas casas foram demolidas. Embora não se tenham
realizado desalojamentos no mês de Agosto, é com apreensão que encaramos a
possibilidade de serem retomados os despejos. Consideramos urgente a suspensão
das demolições, a realização de um levantamento sobre a situação dos/as
moradores/as, e a avaliação, participada, de soluções alternativas e socialmente
justas. Consideramos também fundamental que a CMA providencie urgentemente
soluções para as pessoas que já foram desalojadas e que se encontram em situação
extremamente precária. Alertamos ainda que, dada a proximidade do início do ano
escolar, a situação precária vivida no bairro coloca em perigo a integração
educativa das crianças desalojadas, e as que estão em risco de
desalojamento."
MANIFESTAÇÃO Praça José Fontana ás 17 horas
É preciso fazer qualquer coisa de extraordinário. É preciso tomar as ruas e as praças das cidades e os nossos campos. Juntar as vozes, as mãos. Este silêncio mata-nos. O ruído do sistema mediático dominante ecoa no silêncio, reproduz o silêncio, tece redes de mentiras que nos adormecem e aniquilam o desejo. É preciso fazer qualquer coisa contra a submissão e a resignação, contra o afunilamento das ideias, contra a morte da vontade colectiva. É preciso convocar de novo as vozes, os braços e as pernas de todas e todos os que sabem que nas ruas se decide o presente e o futuro. É preciso vencer o medo que habilmente foi disseminado e, de uma vez por todas, perceber que já quase nada temos a perder e que o dia chegará de já tudo termos perdido porque nos calámos e, sós, desistimos.
O saque (empréstimo, ajuda, regaste, nomes que lhe vão dando consoante a mentira que nos querem contar) chegou e com ele a aplicação de medidas políticas devastadoras que implicam o aumento exponencial do desemprego, da precariedade, da pobreza e das desigualdades sociais, a venda da maioria dos activos do Estado, os cortes compulsivos na segurança social, na educação, na saúde (que se pretende privatizar acabando com o SNS), na cultura e em todos os serviços públicos que servem as populações, para que todo o dinheiro seja canalizado para pagar e enriquecer quem especula sobre as dívidas soberanas. Depois de mais um ano de austeridade sob intervenção externa, as nossas perspectivas, as perspectivas da maioria das pessoas que vivem em Portugal, são cada vez piores.
A austeridade que nos impõem e que nos destrói a dignidade e a vida não funciona e destrói a democracia. Quem se resigna a governar sob o memorando da troika entrega os instrumentos fundamentais para a gestão do país nas mãos dos especuladores e dos tecnocratas, aplicando um modelo económico que se baseia na lei da selva, do mais forte, desprezando os nossos interesses enquanto sociedade, as nossas condições de vida, a nossa dignidade.
Grécia, Espanha, Itália, Irlanda, Portugal, países reféns da Troika e da especulação financeira, perdem a soberania e empobrecem, assim como todos os países a quem se impõe este regime de austeridade.
Contra a inevitabilidade desta morte imposta e anunciada é preciso fazer qualquer coisa de extraordinário.
É necessário construir alternativas, passo a passo, que partam da mobilização das populações destes países e que cidadãs e cidadãos gregos, espanhóis, italianos, irlandeses, portugueses e todas as pessoas se juntem, concertando acções, lutando pelas suas vidas e unindo as suas vozes.
Se nos querem vergar e forçar a aceitar o desemprego, a precariedade e a desigualdade como modo de vida, responderemos com a força da democracia, da liberdade, da mobilização e da luta. Queremos tomar nas nossas mãos as decisões do presente para construir um futuro.
Este é um apelo de um grupo de cidadãos e cidadãs de várias áreas de intervenção e quadrantes políticos. Dirigimo-nos a todas as pessoas, colectivos, movimentos, associações, organizações não-governamentais, sindicatos, organizações políticas e partidárias que concordem com as bases deste apelo para que se juntem na rua no dia 15 de Setembro.
Dividiram-nos para nos oprimir. Juntemo-nos para nos libertarmos!
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