Sobre o grave envolvimento de Portugal na 
estrutura militar da NATO
O conselho de ministros da NATO, reunido dias 8 e 9 de Junho na sua sede em Bruxelas, tratou de reformar a sua estrutura de comandos, tendo decidido transferir para Portugal o "comando operacional" da força marítima de reacção rápida Strikfornato, até agora sedeado em Nápoles. Este comando operacional, superintende a Sexta Esquadra dos Estados Unidos da América e forças navais de outros estados membros. É personalizado pelo próprio comandante da Sexta Esquadra e reporta directamente com o Comandante Supremo das Forças Aliadas (SACEUR) em 
Bruxelas.A NATO pretende também instalar em Portugal a Escola de Sistemas deComunicação e Informações, agora sediada em Roma. A este lote adiciona-se a manutenção em Monsanto do Centro de Lições Aprendidas e Análise Conjunta (JALLC) e o encerramento do "comando conjunto" instalado em Oeiras.
A Sexta Esquadra, constituída por 40 navios, quase duzentos aviões e 20 mil homens,tem cometidas variadas missões, dispondo de diversas bases de apoio naval e aéreo no Mar Mediterrâneo. 
Tem operado sobretudo no Mediterrâneo e no Golfo da Guiné, e tem intervindo em 
numerosas acções, de que se destacam a agressão à Jugoslávia em 1999, ao Iraque 
em 2003, e presentemente à Líbia. 
É esta monstruosa estrutura agressiva que se propõe instalar o seu comando operacional em Portugal. 
Consideramos ilegítimo e indigno que um governo de gestão tenha não só aceite como até argumentado a favor de tão grave compromisso, cujas implicações são ainda desconhecidas em toda a sua extensão, que ofende a consciência e a segurança do 
povo português, num passo que viola a letra e o espírito da Constituição da 
República.Repudiamos esta posição de indigna sujeição do governo português face ao poder imperial e a reiterada pretensão de associar o povo português às inumanas e ilegais políticas que a NATO tem desenvolvido, e neste preciso momento a criminosa agressão que desenvolve contra a vida do povo e a integridade do estado líbios.
O Conselho Português para a Paz e Cooperação reafirma a exigência de dissolução da NATO e de qualquer outro bloco político-militar, bem como do encerramento de bases e outras instalações militares em solo estrangeiro, como pressuposto ao fim de ameaças, pela segurança e Paz Mundial . 
14/6/2011                                                                       Comunicado do CPPC que divulgamos na integra pela actualidade que se reveste.
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